A caravana Pró BR- 319 voltou de mãos abanando e a desconfiança nos bastidores políticos
Adubando o futuro
A vida, em seus mistérios e variedades, compõe um universo impossível de ser compreendido completamente. A economia, longe de ser uma ciência exata, é um campo aberto, como todas as ciências, sempre às voltas com teses, descobertas, correções e reviravoltas. Ao compor as duas palavras, apresenta-se ainda mais desafiadora, complexa e multiplicadora, a bioeconomia, natural via brasileira para o desenvolvimento.
No universo em expansão da embrionária bioeconomia, em vários aspectos incerta e não resolvida, o Brasil está às voltas com a questão da autossuficiência em fertilizantes, uma necessidade jamais resolvida. A moderna agricultura, dominada pelos padrões estadunidenses, tornou imperiosa a aquisição de adubos químicos, setor em que o Brasil sempre foi capenga.
Nação amistosa, sempre será possível adquirir fertilizantes no exterior. No entanto, a guerra da Ucrânia, depois da desmobilização de três fábricas de fertilizantes da Petrobras, trouxe o fantasma da disparada de preços externos. Na barata-voa para compensar a governança desastrada nesse campo, um patinho feio antes desprezado se apresentou: o biofertilizante.
O crescimento do setor desde 2019 é de 36% ao ano. Produzir sem ter adubo é como querer viajar sem comprar passagem. Nesse caso, o biofertilizante desponta como importante componente da bioeconomia em sua passagem para o futuro.
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A revitalização
Mesmo com cobranças das lideranças do comercio lojista e de vereadores, até agora a prefeitura de Porto Velho não apresentou um projeto exequível para revitalizar a Av.7 de Setembro e o centro histórico que vem definhando há quase uma década e pede socorro. Os centros antigos das capitais brasileiras, como Rio Branco, Belém, Curitiba, São Paulo e tantas outras cidades padecem de encolhimento, tomadas pelos drogados, mendigos e meliantes. Falta planejamento para resolver tal situação e uma atuação conjunta das esferas municipais, estaduais e federais.
Mãos abanando
A caravana Pró BR- 319, que esteve em Brasília para cobrar a imediata restauração da BR 319, que conecta Porto Velho a Manaus, num trecho deteriorado de 450 quilômetros, voltou de mãos abanando. De resultados práticos, nadica de nada. Amazonenses, rondonienses e roraimenses não desistem e suas lideranças se prepararam para novas investidas para sensibilizar o Ministério dos Transportes, órgãos ambientais e o governo Lula. Todos os governos anteriores só enrolaram –FHC, Itamar, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro prometeram e não cumpriram tirar Manaus e Roraima deste isolamento no período das chuvas.
Tática conservadora
Este negócio de praticar extremismo agudo no conservadorismo começa a ficar fora de moda no Bolsonarismo. Em algumas regiões do País, as posições como raivosas como as do senador Jaime Bagatolli, do deputado federal Coronel Chrisostomo e do deputado estadual Rodrigo Camargo já não são recomendadas. A nova orientação das altas instancias bolsonaristas é um conservadorismo moderado, sem fanatismo, o que poderia resultar em bons resultados no Nordeste, dominado pelos petistas e no ABC paulista. A tática vale também para Porto Velho que não é uma cidade tão conservadora como as do interior de Rondônia.
Aliança desmorona
Com interesses dispares com relação as eleições municipais de 2024 e eleições geais de 2026, a aliança do governador Marcos Rocha que envolve tantos partidos tem prazo para se dissolver. O racha pode rolar nas convenções de julho, na escolha dos candidatos a prefeito. A base aliada tem pelo menos quatro candidatos à prefeitura de Porto Velho. Os deputados federais Fernando Máximo e Cristiane Lopes (União Brasil), ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos), o atual presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (Patriota) e o Xerife de Rondônia (Avante). É muito tigre no mesmo capão, o pau canta.
A desconfiança
Existe uma clara desconfiança nos bastidores políticos de que o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves estarão em palanques diferentes no pleito 2024. Rocha, com o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), Hildon Chaves com a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas). O PL de Marcos Rogerio também terá candidatura própria na capital e já está sondando um nome competitivo para a empreitada, que poderá ser tanto Cristiane Lopes, como Leo Moraes nomes relegados pelo CPA na disputa ao Prédio do Relógio na capital.
Via Direta
*** A baita estiagem que atinge os rios no Amazonas pode resultar na alta de preços nos produtos eletrônicos para as festividades de final de ano *** O transporte pelas balsas, tanto pelo Rio Madeira para Porto Velho ou pelos Rios Solimões e Amazonas em direção a Belém ainda está prejudicado e o termino da dragagem destes rios pode se prolongar até dezembro *** Tudo indica que o ex-prefeito de Porto Velho José Guedes pendurou as chuteiras de vez nos embates eleitorais. Ele continua filiado ao PSDB cujo controle é do prefeito Hildon Chaves (União Brasil) *** O Avante, do ex-deputado estadual Jair Montes está empenhado numa campanha de filiações visando as eleições municipais do ano que vem. A legenda terá candidato próprio a prefeitura da capital.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br