A fábula do índio com duas serpentes: Qual deve ser alimentada?

5 de junho de 2019 645

A fábula do índio com duas serpentes: Qual deve ser alimentada? - Gente de Opinião

           COBRA DO MAL                                                                     COBRA DO BEM

 

Um velho índio de nome jamais revelado, vulgarmente apelidado de SÁBIO, se tornara Pajé de uma aldeia no Alto Solimões, ainda muito jovem e, ao longo do exercício como autoridade silvícola,  prestara bons serviços a todas as demais tribos indígena  da região e de outras aldeias do entorno e chegou a realizar centenas de pajelanças, curas milagrosas, praticamente impossíveis.     

Sua fama percorreu longas distâncias, até ganhar notoriedade e prestígio em toda floresta e até do Peru e Colômbia, países fronteiriços.

Em um determinado dia, com sol no centro do céu, calor tropical escaldante de 40º C, no meio da floresta amazônica, o SÁBIO descansava deitado à sombra de uma frondosa árvore, ouvindo o gorjear dos pássaros, e o borbulhar das águas de uma cascata ao cair de um penhasco ao lado, quando de súbito surgiu um “curumim”, um filhote de índio muito jovem, ainda na primeira idade, criança, cheio de dúvidas e a cabeça encharcada  de interrogações que queria saber por que o Pajé se tornara tão “sábio” e tinha resposta para todas as perguntas?

O SÁBIO respondeu com uma pergunta, com duas respostas:

— você já ouvira falar que dentro de todo sábio existem duas serpentes que vivem em verdadeiro conflito, numa verdadeira guerra?

— a primeira, é uma cobra verde, a cobra do bem, que fala somente a verdade, que não aceita suborno, que não recebe propina e que não concorda em conviver com pessoas que matam e roubam.

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POLÍTICA & MEIO AMBIENTE (ANTôNIO DE ALMEIDA )

Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, com Pós-Graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, e colaborador do quenoticias.com.br