A Globo e o brado de Luciana Oliveira, a ativista milionária
Porto Velho, RO – O tiro saiu pela culatra. Qual adágio definiria melhor a campanha de “consciência político-social” promovida pela Rede Globo? Que Brasil você quer para o futuro? – questiona a emissora que, embora faça o possível e o impossível para transitar lá e cá com suas pautas liberais falseadas e abordagens de tabus em "programecos" de auditório, é, sabidamente, parte interessada nos negócios escusos travados à penumbra dos maiores encostos de Brasília.
Sou cético quanto acusações que tentam imputar ao monopólio televisivo dos Marinho a pecha ideológica em suas atividades; lá, como em muitas empresas mundo afora, pratica-se as exigências do mercado, a subserviência do capital. Claro, poder também faz parte – e é primordial.
Dinheiro, poder e influência. É isso, nada mais!
E para que haja sincronia entre os interesses da corporação e a necessidade de postar-se como veículo de comunicação imparcial, proponente das grandes discussões brasileiras, entra em jogo o equilibrista: Ali Kamel, atual (e já antiguíssimo) diretor-geral de jornalismo.
E é por isso que, ao mesmo tempo em que o telespectador assiste a um Jornal Nacional completamente enviesado, politicamente falando, é claro, personagens secundários, terciários, quaternários – com protagonismo zero – ocupam cenários na emissora compondo um ambiente paisagístico étnico, pretensiosamente plural.
Logo, a programação é recheada de afrodescendentes, nordestinos, homossexuais, mulheres, uma garotada descolada na imprensa com camisetas geeks e de banda, transexuais, todos diluídos aqui, ali e acolá como se de fato tivessem voz. Enquanto isso, no epicentro das atividades jornalísticas, um âncora lê noprompter as notícias com aquele toque magistral de incoerência, contrariando todo o embusteiro que a Globo margeia.
Então, como disse lá em cima, o tiro saiu pela culatra. As pessoas passaram a aderir à campanha global, mas, grande parte delas, não quis enviar o vídeo à emissora: fez e divulgou por conta própria, através das redes sociais.
A Poderosa encontrou pela frente a milionária Luciana Oliveira, jornalista e ativista de Rondônia que, embora tenha passado por diversas redações em impressos e emissoras, encontrou na atividade independente o regozijo derradeiro, livre das amarras editoriais às quais, muitas vezes, somos obrigados a nos submeter, incluindo este que vos escreve.
Luciana é corajosa, inegavelmente. Espero que possam me perdoar pelo comentário sexista a seguir, mas a moça tem, reconheçamos, maiscolhões do que muitos de nós.
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Milionária não em posse, não em cifras bancárias. O vídeo-resposta de Luciana à campanha da Globo rendeu, até agora, 1,6 milhão de visualizações. Além disso, 56.668 compartilhamentos e, de quebra, 5,3 mil reações.
Isso representa pequena fatia de um riquíssimo patrimônio moral ainda incalculável, não corpóreo, distante dos dividendos colhidos nas transações que movem o jornalismo de Kamel e seus comandados.
Com vocês, o brado opulento de Luciana Oliveira
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