A história de sobrevivência do rapaz atacado por um urso, uma cobra e um tubarão

23 de abril de 2018 589

"É incrível", disse o rapaz à "BBC". "Não me sinto muito sortudo. Acho que é mais uma daquelas situações em que tens sorte em situações de muito azar", explicou.

Na última terça-feira, Dylan estava no Havai quando sentiu algo a morder a perna. Habituado a estas andanças percebeu logo que algo de mau estava a acontecer. "Vi logo que o tubarão estava próximo. Comecei a pontapeá-lo e a nadar até à costa com a máxima velocidade possível". A marca de sangue que deixou no oceano fez com que pensasse que tinha ficado sem uma perna.

Assim que chegou à costa foi levado para o hospital, onde, depois de esperar mais uma hora, foi tratado por um médico. "Agora, só estou chateado porque não posso voltar à água nos próximos dias", lamentou ao "Hawaii Newsnow".

Técnicas de sobrevivência ajudam a escapar às garras de um urso

Desde criança, Dylan soma quilómetros percorrendo alguns do principais trilhos dos EUA e do Canadá. O avô foi a primeira pessoa que lhe instruiu técnicas de sobrevivência. Esses ensinamentos foram colocados à prova em julho, de 2017, quando, durante um acampamento em Colorado, foi atacado por urso.

Segundo o "The Denver Channel", o rapaz acordou às quatro da manhã, com o urso a golpeá-lo e a tentar tirá-lo do saco cama. Depois de o ter arrastado quase quatro metros, o animal acabou por fugir graças aos esforços dos colegas de Dylan que o assustaram. O rapaz teve que ser hospitalizado, mas recebeu alta médica pouco tempo depois.

"Ele agarrou-me e puxou-me com muita força e mordeu-me na parte de trás da cabeça", contou o jovem. Apesar do susto, afirma não ter medo de ursos e manifestou a vontade de continuar a acampar. "Temos que estar atentos e respeitar os animais", referiu.

Depois de uma intensa busca, os responsáveis pelo parque capturaram o animal, com 136 quilogramas, e confirmaram que o sangue nas garras do urso pertencia a Dylan.

Encontro quase fatal com cobra venenosa

Foi há três anos, quando Dylan tinha ainda 17 anos, que se deu o primeiro grande susto, num trilho do Utah. "Estava a descer a montanha quando pontapeie o que pensava ser um cato. Quando olhei para o chão não vi nenhuma planta. Depois, reparei que o cato, afinal, era uma cascavel toda enrolada", disse.

Pensando que apenas tinha uma mordidela seca preferiu não ir ao hospital. "O problema é que havia mesmo um bocado de veneno e fiquei doente alguns dias", contou o jovem que quer ser polícia.

Apesar dos constantes encontros com o perigo, Dylan encoraja todas as pessoas a passarem tempo na natureza. "Eu vou continuar as minhas caminhadas, a encontrar-me com cobras e a nadar no oceano", atira.