A POLÍTICA BESTA-FERA DE ARIQUEMES

26 de setembro de 2024 98

Pois bem, parece brincadeira, mais não é, aqui na terra dos “Uru-eu-au-au” que faz parte do continente brasileiro. Também temos a sinistra figura do besta-fera, conhecido personagem do folclore luso-brasileiro. Ele dá urros e relinchos tão pavorosos só comparáveis aos gritos de cidadãos torturados nas dependências do DOI-Codi, quando os militares e seu doentio fascínio pelo horror liquidavam vidas, como desavisadamente pisamos em formigas. Trata-se da imagem alegórica de um brutamonte metade homem, metade cavalo, cruel, desumano, insensível e muito semelhante ao lobisomem. Só que ainda mais perigoso. É assim que o fabulário mítico da cultura popular descreve o perfil do besta-fera em nosso folclore.

No entanto a fera da política ariquemense foi enjaulada pelos poderes de Cleison ao lembrar Ri-Men, porem devemos ter em mente que as verborreias de latrina até então proferidas é uma narrativa de caráter meramente simbólico-imagético. No universo da política, no entanto, não é difícil encontrar figuras semelhantes à do besta-fera. Por esse motivo, justamente, é que optei por esta imagem alegórica para usá-la como metáfora, como figura de linguagem, e analisar o comportamento de um político de Ariquemes. Além disso, usarei em determinados momentos nesta narrativa, alguns provérbios populares que vão bem ao encontro do tema deste artigo. São apotegmas da nossa cultura lúdica, e sempre nos ajudam a entender melhor o que queremos verbalizar.

Um conhecido besta-fera, por exemplo, até recentemente era a figura mais poderosa da política ariquemense. Foi vereador por dois mandatos, porem quando cumpria seu segundo mandato foi cassado por decoro parlamentar por seus pares. Tentou a candidatura de prefeito, mas perdeu para a justiça, a grande mandataria desse País. Barrado no baile político a fera desolada procurou confundir a mente do eleitor alimentando uma ilusão que seria candidato a prefeito e como diz Chico Buarque em sua belíssima canção, Geni e o Zeppelin, a mesma que, lamentavelmente, muitas vezes só é lembrada pela frase, “joga bosta na Geni”. A essa altura, claro, a reação dos eleitores foi de acompanha-lo na transloucada viagem insólita que acabou em nada vencendo a decisão judicial.  

Não satisfeito com essa patacoada chucra e desatinada, resolveu atacar os seus adversários. Para esta rica e chula criatura apologeta do horror, a infame Teoria da Conspiração (talvez ele nem saiba o que é teoria, mas conspiração com certeza sabe). Só assim, de forma “desonesta”, segundo ele, os adversários poderiam se tornar os senhores soberanos da cidade de Ariquemes terra dos “Uru-eu-au-au”, e então subjugar a democracia. Com esse discurso primário e desarticulado, percebe-se que o besta-fera do norte nada entende de geopolítica e, portanto, é incapaz de fazer uma leitura mais acurada da política moderna. Quanto despautério concentrado em apenas um cérebro!

E agora o que se vê desfilando nas ruas de Ariquemes é uma campanha da Bela e a Fera!!!!

 

Fonte: AOR OLIVEIRA
O QUE DA NOTICIA (AOR OLIVEIRA)