A variedade brasileira + Maior bancada + Só omissão + Pela metade

19 de janeiro de 2021 222

A variedade brasileira

Como já se esperava, na Europa começaram a chamar uma das diversas cepas do novo Coronavírus, identificada no Japão entre turistas que estiveram na Amazônia, como “variedade brasileira”. O autor da impropriedade foi o primeiro ministro da Grã-Bretanha, o polêmico Boris Johnson, que começou negando o vírus, mas depois de contaminado ficou à beira da morte e virou um ardoroso combatente do mal, chegando agora até ao requinte de dar nomes às suas variedades.

Felizmente nem todas as notícias que chegam do exterior são negativas para o Brasil. No Japão foi festejada a recente assinatura de um memorando de cooperação entre os governos brasileiro e japonês para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à produção e uso de nióbio e grafeno. Não é ainda o cofre abarrotado de riquezas, mas um projeto de cofre. Produto revolucionário com grande potencial para as futuras tecnologias, o grafeno foi descoberto por físicos russos e há um imenso campo de utilização para esse revolucionário material.

O Nióbio já é explorado a contento no Brasil, mas seu melhor proveito à luz das novas tecnologias pode apresentar novidades, desde que sem as teorias da conspiração que prejudicam o entendimento sobre o real emprego desse produto. Uma das teorias é que o Brasil criaria em lugar do Real uma nova moeda, o Dim (fraco, turvo, em inglês), ancorado no Nióbio.

Maior bancada

Desde as eleições de 1982, a primeira da história no estado, que Porto Velho não tinha uma bancada tão expressiva numericamente na Assembleia Legislativa de Rondônia. São dez deputados estaduais em 24, mais de um terço da composição da atual legislatura. Será difícil manter a proporção obtida agora na próxima eleição, já que o interior conta com mais de dois terços do eleitorado rondoniense e deve fazer valer sua força novamente no próximo pleito.

Bancada fraca

Mas infelizmente a bancada da capital é fraca e a maioria dos parlamentares locais deverá ser substituída no pleito de 2022. Estão há dois anos exercendo as atividades legislativas e pouco fizeram por Porto Velho. Não tem um único pronunciamento de cobrança sobre causas como a do Distrito Industrial, nova rodoviária, plano diretor, emendas com recursos para regularização fundiária urbana, barreiras de contenção para proteger a cidade das enchentes do Rio Madeira, etc.

Só omissão  

Com sucessivos prefeitos e governadores só pensando nos próprios umbigos, mais os vereadores e deputados estaduais eleitos pela capital só pensando em indicações de cargos, projetos como a reconstrução dos distritos de Calama e de São Carlos, fortemente castigados pelo desastre natural do Rio Madeira em 2014 foram abandonados e ninguém mais fala nada. Que as lideranças políticas omissas sejam penalizadas nas eleições do ano que vem.

A renovação

Com tanta inoperância nas esferas municipais e estaduais e federais, será natural uma grande renovação nos quadros da Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Tratando-se de Brasília, porque vários deputados já projetam disputar o Senado, casos de Jaqueline Cassol (PP-Rolim de Moura), Leo Moraes (Podemos-Porto Velho), Mariana Carvalho (PSDB-Porto Velho), cotada também para ser vice de Marcos Rogério, que postula o governo em 2022. Tem ainda o caso do deputado Lucio Mosquini (MDB), que pretende disputar o governo do estado.

Pela metade

Com a metade dos deputados federais projetando voos maiores para 2022, apenas quatro vão se firmando para a reeleição: são os casos de Expedito Neto (PSD-Porto Velho), Silvia Cristina (PDT-Ji-Paraná), Chrisóstomo (PSL-Porto Velho) e Mauro Nazif (PSB-Porto Velho). Mais da metade dos federais tem domicilio eleitoral em Porto Velho, mostrando que tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara dos Deputados a capital obteve sua maior representação desde as eleições de 1982.

Via Direta

***Aumentaram exponencialmente as chamadas saidinhas de banco e explosões em caixas eletrônicos em Porto Velho *** Todo cuidado é pouco, a bandidagem está à espreita *** Muitos amigos convalescendo do covid. Estou na torcida para que se recuperem e voltem ao convívio dos seus familiares *** Com as restrições promovidas pelas autoridades sanitárias o noticiário político mixou d e vez nestas bandas *** Mas em Brasília, no entanto, as pelejas pela renovação das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado estão pegando fogo *** Já vejo bolsonaristas empedernidos virando a casaca por conta da ineficiência do governo federal com a saúde pública neste País.

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br