A verdade sobre a crise entre Marcos Rocha e os irmãos Gonçalves
Diário da Amazônia recebeu R$ 500 mil em três meses, da prefeitura de Porto Velho; as férias do guerreiro e a malária que mata
Quem muito explica, se complica
Nos últimos dias vem circulando a notícia de uma crise entre o governador Marcos Rocha e seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. É apenas mais uma, entre tantas que já circularam desde que Gonçalves assumiu a função, mas essa tem um um pequeno grau de diferença, veio com mais força devido a proximidade do fim do governo e o futuro político dos personagens envolvidos, no caso, além de Rocha e Gonçalves, temos ainda o vice-governador Sérgio Gonçalves, irmão do chefe da Casa Civil. E o maior indicativo da crise é exatamente a quantidade de 'desmentidos’ que circulam em sites de Rondônia.
Reviravolta
Gente que transita pelo Palácio confidenciou à coluna que Rocha está cada vez mais disposto a não disputar a vaga de senador, o que inviabilizaria a eleição de Sérgio Gonçalves. Explico. Para concorrer ao Senado, Rocha precisa se afastar do cargo, o que ocorreria seis meses antes das eleições do ano que vem, dando tempo para Sérgio organizar sua campanha e fazer uma 'dobradinha’ com Rocha. Sem a máquina na mão, o jogo muda de figura, até porque não existe garantia que Marcos apóie Sérgio estando no cargo, afinal outros compromissos já foram firmados.
Rádio corredor
A possibilidade de Rocha não disputar uma cadeira no Senado, se deve ao desgaste que o governo sofreu, tanto na crise da segurança que aterrorizou a capital, quanto ao próprio perfil do governador, que estaria com outros planos para sua vida privada. Não é novidade nenhuma o fato de Rocha não ser um 'político profissional’ e a sua avaliação é que já dedicou muitos anos de sua vida ao serviço público, e ele quer fechar ‘com chave de ouro’ seu mandato. Faz sentido, mas te cara de cortina de fumaça.
Certo é que…
O pivô da crise seria Elias Resende, atual secretário de Estado, que goza de forte prestígio junto a Marcos Rocha, e existe um movimento, também no âmbito do legislativo para que Gonçalves deixe o cargo para Resende assumir.
Mas…
Resende enfrenta cinco investigações criminais conduzidas pelo Ministério Público e Polícia Civil, fator que adiciona complexidade à situação. Júnior Gonçalves, que ocupa o cargo desde 2019, construiu ao longo de sua gestão uma extensa rede de articulações envolvendo diferentes esferas do poder público, incluindo o Ministério Público, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa. Sua atuação foi considerada fundamental para a reeleição do governador em 2022, quando coordenou a campanha vitoriosa. O embate político ganhou novos contornos com o surgimento de uma aparente campanha de desinformação. Diversos sites de notícias e blogs têm publicado conteúdos questionáveis, numa possível tentativa de desacreditar a gestão de Júnior Gonçalves à frente da Casa Civil.
Por enquanto…
Fica tudo como está, ao menos até a Assembleia retornar, a nova Mesa assumir e as cartas forem postas à mesa. 2026 já começou, antes mesmo do carnaval de 2025, e esse ano será decisivo para os articuladores políticos começarem os acordos de bastidores. Vários personagens estão dispostos no tabuleiro, incluindo Hildon Chaves, Fernando Máximo, Mariana e Maurício Carvalho e claro, os deputados mais próximos do governo, que querem espaço e renegociar acordos.
Azedos
O que é verdade nessa história toda é que Rocha e os irmãos Gonçalves estão jogando individualmente, e dificilmente Júnior deixará o cargo. Não existe, até onde se sabe, motivo concreto para sua saída. O chefe da Casa Civil vem cumprindo seu papel desde que assumiu a função, foi para-choque do governo nos momentos mais complicados e articulou muito bem a reeleição de Rocha.
Tá fazendo falta
Sem Júnior Gonçalves o governo fica órfão de articulação política. Mais que nunca Rocha precisa de Laerte Gomes e Marcelo Cruz na Assembleia e de Gonçalves na Casa Civil. Sem eles, o governo perde o rumo e nessa altura do campeonato, por mais que o governador e Júnior estejam 'de mau', eles precisam sentar e aparar as arestas. Se Rocha realmente quer ser senador, ele vai precisar de toda ajuda, e isso começa agora, depois pode ser tarde
R$ 500 mil
Foi quanto o jornal Diário da Amazônia recebeu da prefeitura de Porto Velho nos últimos três meses de 2024. Os pagamentos foram divididos em R$ 118 mil no mês de outubro, R$ 172 mil no mês de novembro e R$ 300 mil em dezembro. Os valores são referentes a contrato de publicidade. O Tribunal de Contas do Estado abriu procedimento apuratório, vez que o jornal não tem grande circulação para receber tais valores. De acordo com informações, o Diário imprime cerca de 100 exemplares por dia para justificar tais contratos. Abaixo, a nota de empenho de dezembro.
Bom lembrar
Que o Diário ainda mantém contrato com a prefeitura de Porto Velho, e está previsto para receber este ano, cerca de R$ 1 milhão. Resta saber se esse contrato será mantido. Pedido feito através da Lei de Acesso a Informação já foi protocolado junto à prefeitura para saber quanto vinha sendo pago mensalmente ao Diário na gestão anterior. Vale destacar também que esses valores são superlativos e totalmente descabidos para um jornal que não circula, cujo site tem pouquíssimos acessos e praticamente não é lembrado como mídia pela população.
Resta saber…
Se o ex-senador Acir Gurgacz, cuja família detém o controle do jornal, sabe disso ou a coisa tem sido feito à sua revelia. Eu creio na segunda hipótese.
A título de esclarecimento
Antes que algum afoito diga que ‘é inveja', PAINEL POLÍTICO não tem contratos com governo, prefeitura, assembleia nem Câmara de Vereadores. E isso desde 2014.
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Descanso do guerreiro
Nelson Canedo, advogado eleitoralista que detém uma das maiores carteiras de clientes da classe política de Rondônia, decidiu dar um ‘break’ no trabalho e está passando uns dias no deserto do Atacama, com esposa e filhos. Um descanso merecido para quem coordenou com sucesso a campanha vitoriosa de Léo Moraes à prefeitura de Porto Velho.
Malária mata
No último dia 17, um homem morreu em decorrência de malária enquanto passava férias no Brasil, mais precisamente na cidade de Patos de Minas (MG). Ele teria contraído a doença na África, mas ela é endêmica em regiões como Rondônia. Uma dica para quem mora no Estado e apresenta sintomas em outros estados é pedir imediatamente para que seja feito um exame. A malária, tratada com medicamentos simples, é fatal quando não é diagnosticada e tratada à tempo. Esse não foi o primeiro, tampouco será o último caso de fatalidade registrado no país. Fique atento, o que por vezes parece ser uma virose, na verdade pode ser malária. E por vezes ela fica encubada por semanas apresentando sintomas nada a ver.
Câncer no intestino está aumentando em pessoas com menos de 50 anos
Câncer de intestino está aumentando em pessoas com menos de 50 anos, impulsionado por fatores de estilo de vida, como dieta ocidentalizada, sedentarismo, obesidade e mudanças no microbioma intestinal. Diagnósticos precoces são cruciais, mas a conscientização ainda é baixa entre jovens e médicos. Estilo de vida ocidentalizado, incluindo dieta pobre em fibras, rica em gorduras e carnes processadas, sedentarismo, consumo de álcool e tabagismo, aumenta significativamente o risco da doença. A obesidade, especialmente em crianças e adolescentes, e o diabetes tipo 2 também estão associados ao aumento do risco de câncer de intestino. Dietas ocidentais podem levar à disbiose intestinal, que afeta negativamente o microbioma e está ligada ao desenvolvimento da doença, especialmente em jovens. Diagnósticos tardios em jovens ocorrem devido à falta de triagem para essa faixa etária e baixa conscientização sobre os sintomas, como dor abdominal e mudanças nos hábitos intestinais
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PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)
Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .