“ACORDO” IMPOSTO SOB COAÇÃO À UCRÂNIA,PUTIN?
Muitas lideranças do mundo,infelizmente,estão demonstrando deficiência de caráter.
A invasão da Ucrânia pela Rússia,iniciada em 24 de fevereiro do corrente ano,independentemente de avaliação de qual lado está a razão,traz à tona uma preocupante falta de caráter,por exemplo,das lideranças russas.
Com uma diferença avassaladora entre os poderes militares e bélicos dos respectivos países,favorecendo enormemente a Rússia,detentora de poderoso arsenal nuclear,após ter destruído quase metade da Ucrânia e matado milhares de civis e militares,e numa atitude “raivosa” pelo fato dos ucranianos heroicamente ainda resistirem,apesar da enorme inferioridade das suas forças,finalmente a Rússia está oferecendo uma “bondade” ao país invadido.
E essa “bondade”,pasmem.se trata da atitude russa de tentar impor à Ucrânia o que chama,na maior “cara-de-pau”, de “acordo para a paz”,exigindo a rendição ucraniana nessa excrescência jurídica e política ,num documento elaborado unilateralmente,sem prévia discussão,de “mão única”,ao que tem a desfaçatez de chamar de “acordo”,mas que na realidade não passa de uma lei russa imposta à força sobre a soberania ucraniana.
Porém essa “bondade” russa pode ser resumida numa só palavra: COAÇÃO. Coação pura.
Ora,o ato,ou “negócio” jurídico,com base nos princípios gerais de direito nos países livres que adotam a democracia como forma de governo,não tem qualquer eficácia,nenhuma validade,é um “natimorto”,quando praticado sob determinadas condições que viciam a vontade,dentre as quais,no caso brasileiro,segundo expressa disposição contida no artigo 171 do Código Civil,a “coação”que ,ao lado do erro e do dolo,dentre outros vícios de vontade,tornam o negócio,ou ato jurídico,ANULÁVEL.
Essa “coação” russa para obter a rendição ucraniana equivale ao mesmo que forçar uma assinatura num “acordo”,encostando o cano de uma potente arma de fogo na cabeça de quem deverá assinar o “acordo”,pelo vencido.
Esse episódio do “acordo” sugerido pela Rússia à Ucrânia merece profunda reflexão da humanidade, que permitiu ,de uma ou outra forma,por ação ou omissão, a entrega do seu destino a tantas pessoas más e deficientes de caráter,fazendo prosperar nas lideranças mundias elementos nada melhores que um “Hitler” ou um “Stalin”,de tristes memórias do passado que,dentre outros tiranos de mesmo tipo,mancharam o caráter da humanidade causando-lhe danos que jamais serão reparados.
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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