Análise: com 9 ou sem? Loss ainda busca ajuste ofensivo para o Corinthians

13 de agosto de 2018 424

boa atuação dos reservas do Corinthians no primeiro tempo contra a Chapecoense, quando o Timão fez 1 a 0 com Marquinhos Gabriel e parou no travessão em finalização de Mateus Vital, rendeu elogios do técnico Osmar Loss, que viu os primeiros 45 minutos (e apenas eles) como um padrão a seguir. A equipe acabou derrotada por 2 a 1, após segundo tempo ruim.

– Fizemos um jogo sólido no primeiro tempo, de posse de bola e com presença ofensiva, que era o que a gente vinha buscando. Temos de buscar essa referência de jogo para o Corinthians – disse.

De fato, há reflexões a se fazer sobre os primeiros 45 minutos do Timão, que poderia ter resolvido o jogo e somado três pontos na tabela – mas recuou muito e foi dominado pela Chape, que cresceu com as mudanças de Guto Ferreira no segundo tempo.

 
 
 
 

Melhores momentos de Chapecoense 2 x 1 Corinthians pela 18ª rodada do Brasileirão

A primeira discussão a se fazer é sobre o esquema. Diferentemente do que vem ocorrendo nos últimos jogos, com Romero como uma espécie de falso 9, o Corinthians teve um centroavante neste jogo. Apesar de não ter feito gols, Roger foi bastante buscado pelos companheiros com jogadas de lado – o gol de Marquinhos Gabriel saiu após um rebote de Jandrei em sua conclusão.

Com Romero, o Corinthians tem jogado num 4-2-4-0, com o paraguaio formando uma linha de meio com os companheiros ofensivos e só penetrando a área em alguns momentos de enfiadas ou ultrapassagens. No domingo, com Roger, o campo ficou mais largo para o Corinthians, que voltou a marcar gols após dois jogos de jejum (0 a 0 contra o Atlético-PR e 1 a 0 para o Colo-Colo).

 
Corinthians no esquema 4-2-3-1, com Roger à frente (Foto: Eduardo Florão)Corinthians no esquema 4-2-3-1, com Roger à frente (Foto: Eduardo Florão)

Corinthians no esquema 4-2-3-1, com Roger à frente (Foto: Eduardo Florão)

Outro fator positivo na atuação foi a presença de um segundo volante de presença no ataque.

Praticamente um camisa 10 de função na Universidad de Chile, Ángelo Araos ficou com a bola nos pés e iniciou uma série de jogadas para o Timão, sendo presença constante atrás e na frente – algo que Douglas, o substituto de Maycon, ainda não conseguiu fazer pelo Timão de forma eficiente.

Na quarta-feira, de novo contra a Chape, a tendência é que o time volte ao esquema anterior, sem um centroavante de ofício. Como a equipe da casa está atrás na disputa (perdeu por 1 a 0 em São Paulo), possivelmente chamará a responsabilidade das ações, dando espaço para os eficientes contra-ataques do Corinthians. Com mais qualidade no meio, as ações reativas serão mais rápidas.

O fato, porém, é que o Corinthians ainda não tem convicção exata do desenho tático que usará no restante do ano. Há, sim, um objetivo traçado pelo técnico Osmar Loss, de um time de defesa forte, posse de bola e transição ofensiva rápida e efeiciente.

Com reforços ainda em período de adaptação (como Avelar, Douglas, Araos e Jonathas), é certo dizer que o Corinthians se constrói em meio a um momento de definição para a temporada.