Após apagar jogo de escravidão, Google mantém aplicativo que simula ataques a escolas

25 de maio de 2023 184

Em meio ao crescente número de ataques a escolas, está disponível na loja de aplicativos da Google um “jogo” chamado Destroy School Simulator (simulador de destruição de escolas, em tradução livre). Até a noite desta quarta-feira (24), a ferramenta já acumula mais de 100 mil downloads.

A descrição do game, atualizado pela última vez no dia 13 de maio, sugere que ele seja uma alternativa para quem deseja aliviar o estresse “destruindo alguma coisa”. “Deve haver muitas pessoas que não sabem como aliviar o estresse. O alívio do estresse é importante na vida. Break School Simulator é o melhor jogo de alívio do estresse para quem quer aliviar o estresse destruindo uma escola”, diz trecho do texto.

O jogo, avaliado com a nota 3,6, conta com milhares de comentários feitos por usuários que teriam baixado o aplicativo. “O jogo é legal e engraçado, mas claro que tem bugs, lag e etc. Ele é travado, mas não tanto quanto imaginei e os gráficos são claros e iluminados. Mas quando joguei em ‘break the School’ deu bug e travou a tela, ficava piscando, ficava preta voltava no jogo e ficava preta de novo. E eu tava destruindo a sala e minha personagem dava umas bugadas quando ela corria, ela ficava parada, dava uma travada e depois voltava. O menu não trava, mas o jogo trava um pouco sim”, escreveu Adrianni Raquel, em abril deste ano.

“Sinceramente, é melhor do que eu esperava. Ele é um pouco repetitivo, bem otimizado e não trava muito. Os gráficos são bonzinhos, seria melhor se estivesse em português”, comentou outra usuária identificada apenas como Niky Box. Já Cris Ramos, disse que “o jogo pode até ser bom”, mas reclamou da loja de aplicativos do Google, que estaria apresentando erros frequentes.

Tela do jogo “Simulador de Escravidão” – Reprodução

Um outro aplicativo polêmico estava disponível na loja do Google até esta quarta-feira (24), mas foi retirado do ar. Um jogo intitulado “Simulador de Escravidão”, que tornava possível simular ser um proprietário de escravos e castigar pessoas negras ao longo das partidas.

O game oferecia duas modalidades: “tirana” ou “libertadora”. Na primeira opção, o objetivo era obter lucro e evitar fugas e rebeliões dos escravos. Na segunda, a meta era lutar pela liberdade e alcançar a abolição. De acordo com o jornal O Globo, entre as opções do jogo, estavam incluídas agressões e torturas aos “escravos”. A ferramenta foi desenvolvida pela Magnus Games e tinha pouco mais de mil downloads e 70 avaliações. Nos comentários, algumas pessoas reclamavam da falta de variedade de violência.

*Com DCM

Fonte: Celeste Silveira