Após Constantes Ameaças Fachin Receberá Segurança Armada Que Vai Deter Suspeitos, Anotar Placas De Carros E Impedir Manifestações

Para garantir a segurança do relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal abriu uma licitação para contratar empresa que faça escolta armada, de tempo integral, para o magistrado.
No edital, a corte especificou algumas das atividades necessárias para garantir a integridade do ministro, que vão desde a detenção de pessoas suspeitas à anotação de placas de carros que estacionem nas proximidades da residência do ministro em Curitiba (PR).
Ao todo, serão contratos sete profissionais de segurança privada. Eles ficarão no posto na casa de Fachin, revezando turnos e garantindo que o ministro esteja protegido 24 horas por dia.
Entre os serviços a serem contratados, o STF diz que os seguranças devem estar armados com pistolas .380, abordar de forma educada visitantes e deter qualquer pessoa suspeita.
Além disso, devem impedir aglomerações e manifestações na casa do magistrado, bem como a fixação de panfletos, cartazes ou tentativas de pichações nas imediações.
A segurança também deve atuar contra qualquer pessoa que apareça no local com instrumentos capazes de fazer barulho.
A expectativa do STF é gastar R$ 1,6 milhão com o serviço, num período de 30 meses. Com isso, Fachin terá segurança garantida pelo menos até dezembro de 2020, uma vez que o contrato começará a rodar em julho deste ano.
Etiqueta
Para fazer a segurança de Fachin só serão aceitos brasileiros ou portugueses. Eles terão de usar roupa social e estar em dia com diversos cursos e treinamentos.
Eles incluem prática de tiro e técnicas de salvamento, artes marciais para desarmamento de suspeitos com armas brancas ou de fogo e combate a incêndios. Também devem ter noções de Direito Penal e Direito Constitucional.
Ameaças
Em março deste ano, em entrevista à Globo News, Fachin revelou que estava sendo ameaçado, mas não deu mais detalhes sobre os episódios.
Desde então a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, ampliou a proteção ao ministro.
Até o início do contrato com a empresa que ficará até 2020 fazendo sua segurança, emergencialmente um outra empresa está operando no posto da residência do magistrado