As lojas autônomas estão chegando
A tendência dos empregos formais desaparecerem é antiga. E, hoje, com o fenômeno da “uberização” do trabalho, ou seja, com um novo formato de fazer negócios, por meio de tecnologias móveis, que conectam o consumidor, de modo mais direto, ao fornecedor dos produtos e serviços, agregando mais valor, menor custo e personalização, esta tendência tende a se acentuar, daí, o elevado aumento da informalidade nas novas ocupações. Este fenômeno deve se intensificar, a partir de que, a grande maioria das pessoas preferem não interagir com atendentes, o que originou um novo modelo de varejo e autoatendimento, a loja autônoma. O maior exemplo delas vem dos supermercados que estão desenvolvendo novos modelos, como o Self Check-Out, onde o consumidor faz todas as tarefas por meio de um aplicativo no celular, sem funcionários e caixas. É um modelo que favorece extremamente os clientes, que passam, apenas com o uso de tecnologia, a fazer suas compras, mas, produzem uma enorme redução da utilização da mão de obra. Na loja autônoma, o cliente entra na loja, escolhe os produtos que deseja levar e os valores são cobrados no seu cartão de crédito virtualmente, sem filas no caixa ou se vendedor. Nem se pense que se trata de coisa do futuro. Não. Este tipo de loja de autoatendimento já é uma realidade e deve se espalhar mais rapidamente do que se pensa, por todos os lugares, inclusive no Brasil. Parece estar distante o tempo do consumidor entrar, comprar e pagar sem contato com colaboradores, apenas com a tecnologia como suporte, mas, isto não é verdade. Em muitos lugares já está se tornando parte da vida cotidiana das pessoas usar seu smartphone para entrar na loja, pegar os itens que precisa, conferir os produtos, confirmar o pagamento e ter o valor é cobrado no cartão de crédito, sem nenhuma intervenção humana. A loja só precisa, para sua operação, de um repositor, para repor as mercadorias vendidas, do aplicativo para compras e um software de gestão de quantidade e preços. No Brasil e na América Latina, a empresa Zaitt inaugurou a primeira loja autônoma, em 2017, em Vitória no Espírito Santo, e sua segunda, no ano passado, no Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, que funciona 24 horas, sem atendentes, filas e caixas. A Onii implantou um modelo de loja autônoma que funciona dentro de condomínios residenciais inspirado nas lojas de conveniência Amazon Go, gigante varejista norte-americana. A única diferença é que, aqui, o cliente escaneia ítem por ítem no celular para que a compra seja creditada no cartão cadastrado. Tudo é feito pelo próprio cliente. No começo de março, e estimulado pela pandemia, a empresa fechou 80 contratos para a instalação de lojas similares, mas, a previsão é de ter 200 lojas instaladas no país até o fim do ano. A empresa Carrinho Cheio, conhecida no norte do Paraná pelo seu delivery super rápido, agora, se lançou no mercado de lojas autônomas com sua primeira loja autônoma, em Londrina, denominada Carrinho Cheio Experience, localizada no Carbamall Palhano, shopping na Rodovia Mabio Gonçalves Palhano. Ainda é motivo de curiosidade e de atração. Mas, não por muito tempo. Este tipo de modelo é o futuro. Claro que as lojas com atendentes não desaparecerão, mas, irão conviver com a proliferação deste novo modelo.
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A POLITICA VISTA POR UM POETA ( SILVIO PERSIVO
Colaborador do quenoticias.com.br, Silvio Persivo é Economista com Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA, escritor, poeta e professor de Economia Internacional e Planejamento Estratégico da UNIR. E-mail: silvio.persivo@gmail.com