Avelar descarta “loucura” e pede atenção com jogo “sujo” de rival

O Corinthians avalia e estuda as diversas formas de reverter o 1 a 0 sofrido no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores da América, contra o Colo-Colo, nesta quarta-feira, na Arena. Uma já descartada, no entanto, é a “loucura” em busca de um gol, desguarnecendo a defesa e expondo a equipe ao contra-ataque adversário, cenário desaprovado pelo lateral esquerdo Danilo Avelar, de olho no que chamou de “possível jogo sujo” dos adversário.
“O primeiro passo é entrar concentrado, muito intenso no jogo, mas saber não se expor e ser efetivo”, comentou o canhoto, bastante preocupado em deixar claro que o Alvinegro tentaria impor um ritmo forte dentro de campo, mas sem comprometer a sua parte defensiva. Mostrando expectativa e tranquilidade na entrevista à Gazeta Esportiva, Avelar explicou sua visão do futebol praticado pelo adversário.
“Você arrisca para buscar um gol, mas você também não pode se expor tanto. É importante isso, porque o começo vai desenhar a maneira como vai ser o jogo. Não dá para atacar de qualquer maneira também, tem que sentir o jogo, é uma competição diferente, contato físico é mais importante até do que a parte técnica e tática. O time deles talvez queira jogar contra o tempo, arrumar um cartão, vir num joguinho mais “sujo” do que um jogo mais jogado”, avaliou, enfatizando com as mãos as aspas no “sujo”.
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Para Avelar, depois do primeiro jogo, já foi possível traçar o estilo de jogo do adversário. “Não sei se experiente, mas um estilo sul-americano. Ganharam mais na força. Acredito que nosso primeiro tempo foi melhor que o deles, mas eles conseguiram levar uma vantagem em pequenos lances, um cartãozinho, uma faltinha. O goleiro levou uns 10 segundos para bater tiro de meta. Um acúmulo de coisas que foi ajudando, mais do que o lado técnico e tático. O lado mais “sujo””, continuou.
Nessa levada, nem mesmo a experiência de anos na Europa, em um nível “muito superior”, como ele mesmo classifica, servem para diminuir o incômodo em campo. “Deixa irritado. Olha, vou ser bem sincero, cara. A vontade ali… dá vontade de fazer coisa errada (risos). Mas não pode fazer assim porque se não você compromete o time, não é meu perfil sair batendo também. Tem que jogar duro, mas ser leal e não comprometer a equipe quando necessário”, explicou, firme no discurso.
“A gente tem que se classificar. Nosso objetivo é esse. Como? Não sabemos. Sabemos que temos que ter entrega, coração na ponta da chuteira, mas organizados. Não adianta só ir na raiva, na vontade, que não vai dar”, assegurou, reconhecendo que o avanço na Libertadores da América, diferentemente do que foi pregado pelo presidente Andrés Sanchez, também é uma prioridade no elenco.
“É uma Libertadores, né. Quem não quer ir para as quartas. Importantíssimo, não importa a competição, quando você tem essa mentalidade tem que encarar todas as competições de maneira igual”, teorizou um ponderado Avelar, ansioso para entrar em campo e ver a torcida vibrando com a expectativa de avançar.
“Acredito, não só eu, mas a equipe, sabe que somos capazes, 1 a 0 fora de casa é um resultado curto, dá para reverter, diferente de tomar 1 a 0 em casa, por exemplo. Sabemos disso e isso nos dá mais motivação ainda para poder reverter dentro de casa”, concluiu o jogador.
Aliviado após a vitória por 1 a 0 sobre o Paraná, no último final de semana, o Alvinegro tem a missão de reverter a derrota sofrida em Santiago, na primeira partida, quando foi superado pelo placar mínimo. Para avançar no tempo normal, precisa abrir uma diferença de no mínimo dois gols. Novo 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis, enquanto qualquer outro resultado dá a vaga aos visitantes.