Bilionário acusado de pedofilia se suicida na prisão

O investidor bilionário Jeffrey Epstein, de 66 anos, suicidou-se na madrugada deste sábado (10) em uma unidade prisional de Nova York (EUA), informou a emissora de TV ABC News. O magnata enfrentava acusações de pedofilia e aguardava julgamento.
O jornal New York Post relata que o investidor foi levado por volta das 7h (horário local) da prisão, em Manhattan, para um hospital, após sofrer uma parada cardíaca.
Segundo a reportagem, Epstein havia sido colocado em observação para risco de suicídio há duas semanas, depois que foi encontrado quase inconsciente na cela com ferimentos no pescoço.
O empresário foi acusado de abusar de dezenas de meninas há mais de uma década em um processo no qual evitou ser denunciado com acusações federais graças a um polêmico acordo extrajudicial, em que admitiu ter solicitado serviços de prostituição e que foi alvo de escrutínio recentemente. Ele, no entanto, negava as acusações de pedofilia.
Seu caso sofreu uma reviravolta depois que um juiz da Flórida decidiu em fevereiro que a promotoria violou a lei ao esconder o acordo, que afetava mais de 30 mulheres que o denunciaram por abusos sexuais quando eram menores.
Em 2008, Epstein chegou a um acordo com a Promotoria do Sul da Flórida para pôr fim a uma investigação que poderia lhe render uma condenação à prisão perpétua, em virtude do qual se declarou culpado de acusações estaduais menores, foi condenado a 13 meses de prisão e chegou a um acordo para pagar indenizações às vítimas.
De acordo com o jornal "The Miami Herald", o magnata atraiu dezenas de adolescentes, algumas de 13 anos de idade, de famílias com problemas para cometer abusos sexuais, oferecendo dinheiro em troca de "massagens" e prometendo a algumas delas que financiaria suas carreiras universitárias.