BR Distribuidora diz que óleo que vazou próximo à Regap, em Betim, foi contido

21 de dezembro de 2020 421

Um dia após uma bomba da BR Distribuidora, próxima à Refinaria Gabriel de Passos, em Betim, na região metropolitana, ter se rompido e litros de óleo diesel terem vazado, chegando à Lagoa de Ibirité, na Lagoa da Petrobrás, a empresa emitiu uma nota, neste domingo (20), informando que o produto foi contido e recolhido no sábado (19), de uma tubulação do parque de bombas da base da companhia em Betim. O vazamento foi denunciado pelo Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro MG), que alertava para o risco de o óleo atingir o Rio Paraopeba.  

Na nota, a BR Distribuidora declarou que o volume vazado foi praticamente todo identificado em área contida, dentro dos limites da base, sendo encaminhado para reprocessamento. A empresa alega que não houve impacto ao meio ambiente.

“Foram realizadas uma série de diligências na área externa da refinaria e os poucos vestígios de combustível identificados, e contidos, indicam um volume não maior que 300 litros. As inspeções na lagoa e no córrego que drena a mesma na direção do Rio Paraopeba não identificaram indícios de contaminação”, declarou a empresa por meio de nota.

A companhia informou ainda que a contenção foi realizada a partir do plano de emergência, assim como o Plano de Auxilio Mútuo (PAM) com a Petrobras, devido à proximidade com as instalações da Refinaria.

“Preventivamente, a área e seu entorno permanecerão sendo monitorados, e uma comissão interna já iniciou a investigação sobre as causas do acidente, informado pela BR ao órgão ambiental, que está acompanhando os trabalhos de gestão da contingência. A BR está atuando com total prioridade para não só mitigar os potenciais impactos do episódio, bem como identificar suas causas e bloqueá-las”, completou a nota.

No sábado (19), o coordenador geral do Sindipetro MG, Alexandre Finamori, disse que era necessário fazer uma análise da água da Lagoa de Ibirité para precisar quanto óleo chegou até ela. Ele explicou que a BR Distribuidora enviou uma lancha para fazer a coleta da água, mas ela teria sido grande demais para navegar a lagoa e não havia começado o trabalho até o início da tarde deste domingo (20). O óleo ainda não seria visível na lagoa, de acordo Finamori, mas já seria possível vê-lo no córrego do Pintado, também na região.

Finamori, que também é funcionário da Petrobras, disse que um vazamento do tipo pode ocorrer devido à falta de manutenção adequada. Desde que a BR Distribuidora foi privatizada, em 2019, teria deixado de ter um monitoramento integrado à Petrobras sobre as possíveis falhas e soluções.

“O que estamos acompanhando hoje é o combate mais caótico que já se viu até hoje, a empresa não estava preparada”, disse o coordenador do sindicato.

A BR Distribuidora afirma que segue em comunicação com a Petrobras após a privatização.