Coluna Painel Político - Legado de Fernando Máximo na saúde em Rondônia foi de obra abandonada e falência do setor
E ainda, Confúcio Moura fala sobre Rondônia ocupar o segundo lugar nos índices de feminicídio; Confira na coluna
Doença crônica
O sistema de saúde em Rondônia sempre foi uma espécie de “calcanhar de Aquiles” dos governos estaduais. Cenas caóticas fazem parte da rotina dos trabalhadores da área que precisam administrar a revolta de pacientes e acompanhantes, e as péssimas condições de trabalho, principalmente no Pronto Socorro João Paulo II, o único da capital que atende pacientes de todo o Estado. No governo de Marcos Rocha a situação não mudou, agravou o quadro. Se o sistema fosse um paciente, ele estaria na UTI, respirando por aparelhos e os familiares decidindo quando desligariam as máquinas. Por ‘familiares’, leia-se, os profissionais que atuam no setor.
Papo furado
Quando Marcos Rocha assumiu o primeiro mandato, nomeou para a saúde o médico Fernando Máximo, que tinha o compromisso de ‘resolver os problemas’. Mas não foi isso que aconteceu. Máximo pegou carona na trágica pandemia de Covid19 e aproveitou como ninguém os holofotes para aparecer diariamente, de manhã, tarde e noite divulgando números da doença. Deveria ter sido impedido de disputar a eleição por uso abusivo da máquina pública em proveito próprio, mas o Ministério Público Eleitoral, sabe-se lá por qual motivo, adormeceu e ele foi o mais votado para deputado federal. Mas os estragos promovidos por ele, reverberam até hoje.
Crise
Nesta sexta-feira, 8, os profissionais de saudade Rondônia vão deliberar por uma paralisação por tempo indeterminado. a pauta é extensa, mas resume-se a disparidade do auxilio-alimentação (cerca de R$ 250,00) pagos a eles pelo governo, enquanto que órgãos como a Sepog oferece até R$ 1500,00 para seus servidores, que cá entre nós, são necessários, mas não tanto quanto os ‘linha de frente’. que salvam vidas diariamente.
Pior
A prometida e festejada obra do Heuro, que deveria ser uma referência em termos de modernidade, está abandonada. O local, um pântano alagado, não tem a mínima condição de receber a instalação de um hospital. Além disso, o tal ‘leilão’ realizado na Bolsa, só serviu para propaganda eleitoral. O consórcio vencedor, formado por empresas de Goiás e Brasília, não consegue completar o prédio, e o dinheiro público, mais uma vez escoa nos ralos do infinito. No vídeo abaixo, dá para ver o lamaçal onde deveria estar um hospital:
Enquanto isso…
Pacientes e acompanhantes lotam a recepção do Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho e apertam os profissionais de saúde, que precisam lidar com os humores, gritos, queixas e dores dos que buscam socorro médico naquela unidade. Um vídeo feito na noite da última quarta-feira mostra a situação, que não é atípica, é rotina…
Até quando?
Essa é a pergunta do milhão. Até quando os gestores serão premiados com cargos eletivos, conquistados a partir do uso enganoso da máquina pública, e até quando essa situação vai perdurar em Rondônia? Não é falta de dinheiro, pelo contrário, todos os poderes destinaram recursos para as obras que deveriam estar sendo feitas pelo Estado, e não por um contrato bilionário com um consórcio que não consegue concluir uma obra. O que falta para o governo rescindir esse contrato e trabalhar, de fato, para resolver essa doença crônica?
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PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)
Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .