Crescem ataques entre Trump e CNN após pressão por venda do canal

10 de novembro de 2017 630

Oclima tenso entre Donald Trump e a TV CNN piora a cada dia, após a declaração do presidente americano de que o canal deveria ser vendido. Segundo o “Financial Times”, o governo teria sugerido esta alternativa para viabilizar a fusão da gigante Time Warner com a telefônica AT&T, já que a emissora de televisão pertence ao primeiro grupo e a divisão evitaria o monopólio na comunicação.

 

De lá para cá o presidente e a emissora, através dos seus anúncios publicitários, revelam novos capítulos do confronto.

Desde a campanha nas eleições presidenciais, há pouco mais de um ano, o então candidato já criticava a CNN. Nas prévias eleitorais, Donald Trump teria chegado a afirmar que seu governo não aprovaria a compra da Time Warner pela AT&T, por considerar “muita concentração de poder nas mãos de poucos", segundo informações do G1.

O plano de combate à estrutura de poder alegado pelo presidente chegou a ser minimizado pelo diretor do Departamento de Justiça do seu governo, Makan Delrahim, que para acalmar os ânimos declarou não acreditar que a fusão representasse uma “questão grave”. Oficiais envolvidos na negociação da fusão, porém, relataram à imprensa local certa preocupação com a concentração de serviços de mídia e telefônicos nas mãos de apenas um grupo.

Randall Stephenson, presidente da AT&T, negou nesta quinta-feira (9) que a venda da CNN tenha sido colocada como uma condição para a fusão das empresas. Ele garantiu não ter nenhuma intenção de vender a emissora de televisão.

Sob a justificativa de evitar monopólios, a queda de braço entre a CNN e Trump estaria relacionada a outras questões. Há duas semanas a emissora lançou uma publicidade institucional com a seguinte mensagem: “Algumas pessoas podem lhe dizer que isto é uma banana. Podem gritar e até escrever em letras maiúsculas. Mas é uma maçã. Fatos em primeiro lugar", informou o G1.

A propaganda teria sido uma tentativa de alfinetar o presidente, após sua declaração que a TV CNN "propagava notícias falsas".

(foto Thomas Peter/Reuters)