CRIAR CIDADES INTELIGENTES É CUIDAR DO FUTURO
Cada vez mais merece atenção o tema de transformação das cidades em cidades inteligentes, ou, em inglês, Smart Cities, que são sistemas de pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para promover o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida. Estes fluxos de interação são inteligentes por fazer uso estratégico de infraestrutura e serviços e de informação e comunicação com planejamento e gestão urbana para dar resposta às necessidades sociais e econômicas da sociedade. O Cities in Motion Index, do IESE Business School na Espanha, utiliza 10 dimensões para indicar o nível de inteligência de uma cidade: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, o meio-ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. A importância que se dá as cidades inteligentes pode ser medida pela criação do Ranking Connected Smart Cities, um estudo desenvolvido pela Urban Systems para o evento homônimo, idealizado pela Urban Systems e pela Sator e realizado desde 2015, criando uma plataforma de discussão e negócios sobre o de Cidades Inteligentes. Com 5 publicações já realizadas, as versões 2015 a 2019, o Ranking Connected Smart Cities se configura um esforço da Urban Systems para o entendimento e a definição dos indicadores que apontem o desenvolvimento inteligente das cidades. A última edição do Ranking Connected Smart Cities, de 2019, avaliou 700 cidades brasileiras, levando em consideração 70 indicadores distribuídos nos eixos de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Campinas (SP) conquistou o primeiro lugar geral, seguida por São Paulo (SP) e Curitiba (PR), respectivamente. A liderança de Campinas se explica pelo quesito economia, com independência do setor público, uma vez que 94,5% dos empregos formais não estão na administração pública. Mas, também, pela tecnologia e inovação: Campinas possui cinco parques tecnológicos e cinco incubadoras de empresas, e apresenta 4,9% de crescimento do número de entidades de tecnologia, mesmo em período de crise econômica. No Norte, porém, entre as 100 cidades listadas como as mais inteligentes do Brasil só uma aparece: Palmas, a capital de Tocantins. É preciso, portanto, que nossos prefeitos e nossas lideranças passem a olhar com mais carinho a questão de como tornar nossas cidades inteligentes. Até porque para se ter uma cidade inteligente não se pode olhar os setores de uma maneira isolada. Todos eles precisam ser entendidos como fazendo parte de um ecossistema integrado que afeta o dia a dia do cidadão. Daí, que o processo para tornar as cidades mais inteligentes é sempre gradativo exigindo não só gestão pública, mas, também a compreensão dos próprios cidadãos de que são também responsáveis pelo futuro de suas cidades. É preciso que, urgente, se discuta como tornar nossas cidades inteligentes buscando soluções que atendam a realidade e a necessidade de todos nós.
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A POLITICA VISTA POR UM POETA ( SILVIO PERSIVO
Colaborador do quenoticias.com.br, Silvio Persivo é Economista com Doutorado em Desenvolvimento Sustentável pelo NAEA, escritor, poeta e professor de Economia Internacional e Planejamento Estratégico da UNIR. E-mail: silvio.persivo@gmail.com