De olho no governo de Rondônia em 2022, Marcos Rogério se torna ‘o mais odiado’

Nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro obteve 72,18% dos votos em Rondônia. E vários pontos explicam essa preferência, como a desastrosa gestão petista na capital nas mãos de Roberto Sobrinho e a criminalização de políticos citados na Operação Lava Jato. Além disso, o estado tem perfil agrícola e pecuária de corte.

Esses fatores contribuíram para a eleição de Marcos Rocha (PSL) ao governo, também em 2018. Mas, apesar do governador difundir que tem uma ‘amizade próxima’ com o presidente Jair Bolsonaro (Rocha chegou a acelerar sua posse para ir a de Bolsonaro em Brasília), a reciprocidade não existe.

E quem percebeu isso foi Marcos Rogério. O senador está mirando o voto dos bolsonaristas no Estado, e para isso vem se prestando a ser ‘o mais odiado’ na CPI da Covid, que está em andamento no Senado.

Marcos Rogério assumiu a função de ‘obstruidor geral da República’. Suas intervenções na CPI são descabidas, repete bobagens ditas pelo governo, é grosseiro, mal educado e as reações a sua participação chegam a causar constrangimento a rondonienses, que por vezes pedem desculpas ao restante do Brasil por ter eleito Rogério como senador.

O senador está na CPI para obstruir e isso vem sendo apontado em todas as sessões pelos demais senadores. É um papel que poucos se prestam, o de fechar os olhos para a tragédia que se abate sobre o país, para defender o indefensável.

Desde o início da pandemia morreram 5.501 rondonienses. Segundo o Governo do estado, 219.576 pessoas tomaram a primeira dose da vacina contra Covid-19 e 111.907 a segunda.

E Marcos Rogério preocupado em defender o presidente, os filhos, e os assessores e ex-assessores, responsáveis diretos por esse genocídio. Difícil saber quem é pior.