Defesa de Witzel busca saída para impeachment
O governador carioca afastado por 180 dias, Wilson Witzel, nessa última terça-feira, agiu por meio de sua defesa na tentativa de frear o avanço do processo de impeachment do qual é alvo. Após a Operação Tris in Idem da Polícia Federal deflagrar envolvimento do governador com a organização social do empresário Mário Peixoto, preso por movimentos ligados à Lava Jato, Witzel foi afastado do cargo por 180 dias pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Ao mesmo tempo em que a Assembleia Legislativa do Rio aprovou o impeachment do governador. Processo que, por enquanto, não foi iniciado, pois aguarda por aprovação do Tribunal Especial Misto.
Argumentação da defesa
Essa não é a primeira polêmica envolvendo Witzel, ao longo do seu governo teve uma suposta defesa de tese de doutorado questionada, foi denunciado junto à ONU por estar em um helicóptero da Polícia Civil que alvejou com dez tiros uma tenda de oração em Angra dos Reis, em outro momento foi flagrado saltando de felicidade e contentamento ao ver a polícia executar um criminoso e, em mais um capítulo dessa biografia política bizarra, Witzel é agora associado a Mário Peixoto, preso por corrupção.
É justamente aí que a defesa do governador afastado pretende atuar. Foi apresentado na última segunda-feira, dia 19 de outubro, um documento ao Tribunal Especial Misto, o qual pretende desassociar justamente Mário Peixoto da organização social, Unir saúde, que Witzel foi acusado de beneficiar com decisões tomadas durante sua administração.
Acusações do MPF sobre Witzel
O Ministério Público Federal (MPF) acusou o empresário Mário Peixoto de pagar propina ao governador afastado através de escritório de advocacia da ex-primeira-dama Helena Witzel.
No entanto, segundo a defesa de Witzel, Peixoto não está entre os representantes da Unir Saúde, apesar de ser apontado como sócio oculto desta. De maneira que a decisão do governador teria levado ao pagamento de R$ 274 mil reais ao escritório de Helena por três pessoas jurídicas ligadas a supostos operadores financeiros de Peixoto