Deputados acreditam saber a origem da denúncia contra o deputado Marcelo Cruz na Operação Dissimulação
5 de fevereiro de 2020
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Apontam para a Controladoria Geral da Assembleia fortes suspeitas de ter partido dali a denúncia que deflagrou a Operação Dissimulação, que levou policiais do Gaeco a visitarem o gabinete do deputado Marcelo Cruz, acusado de utilizar recursos públicos e notas falsas para dissimular o patrocínio de uma operação plástica.
Investigações informais - asseguram comentários nas antenadíssimas filas de espera dos elevadores - dariam conta de que apenas a controladora geral, Sandra Carvalho Barcelos, teria acesso às informações detalhadas sobre a suposta falcatrua. Reconhecidamente competente e com larga experiência na área, ela poderia ter orientado o parlamentar para a correção de um eventual erro, de forma a evitar mais um escândalo, cujos ônus recaem sobre todo o poder legislativo.
"Dinheiro fácil" - sintetiza um experiente deputado que prefere o anonimato - para explicar que, até por inexperiência, alguns novos integrantes da casa acabam por se deixar seduzir pelas dimensões do poder colocado à sua disposição. "São tantas as facilidades que pessoas de má índole podem, por má fé, induzir um deputado calouro ao cometimento de ilicitudes"
- "Não estou afirmando que Marcelo Cruz errou, veja bem. Esclareço apenas que, caso isso tenha realmente ocorrido, pessoas mais esclarecidas sobre o que se pode ou não fazer teriam a obrigação de orientá-lo. E a ajuda seria com certeza bem recebida. Ninguém quer, afinal, colocar deliberadamente o mandato em risco por uma bobagem dessas".
O deputado disse não acreditar que a denúncia possa ter partido da Controladoria. "A titular do cargo é muito experiente na área e extremamente competente. Pode ser até que o pedido de reembolso tenha sido processado por sua assessoria e chegado a seu conhecimento apenas depois do escândalo, tamanho o volume de trabalho, pelo que não terá chamado o parlamentar para apontar o problema e sugerir providências para evitá-lo".
"Cabe agora ao judiciário avaliar a denúncia e os esclarecimentos do deputado, sem jamais esquecer que a presunção de inocência é cláusula pétrea da constituição". O deputado disse ainda que "exatamente por isso a Presidência da Assembleia tem o dever de analisar o caso dentro do que estabelece a lei de abuso de autoridade: um deputado e toda a casa foram expostos à execração pública por uma investigação que pode não comprovar a ocorrência de ilícito. Isso não se pode mais admitir" - concluiu..
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