Dnitt e o Ibama fazem um jogo de empurra com a BR 319
Nossos bosques
Dentre as maravilhas trazidas pela revolução verde, uma das mais importantes é a queda no aumento da extensão de terras necessárias para uma produção agrícola maior: nas últimas décadas, enquanto a produção de grãos aumentou 5 vezes, a área de plantio não chegou a dobrar. Avanços científicos e tecnológicos na área da produção agropecuária permitem, assim, maior volume com menor impacto ambiental.
É o que se destaca de estudo a respeito da vinculação entre produtividade agropecuária e preservação ambiental recentemente premiado pelo MapBiomas, associação de instituições públicas e privadas que utiliza sensoriamento remoto para monitorar a cobertura e o uso da terra em apoio a políticas ambientais, planejamento territorial e projetos de sustentabilidade. Nele, o pesquisador Shai Vaz demonstra como se tornou possível conciliar desenvolvimento e preservação.
O MapBiomas desde 2015 produz mapas anuais de uso e cobertura do solo a partir de imagens de satélite. Por eles se comprovou que investir em áreas já convertidas pode gerar benefícios concretos para o meio ambiente. É justo afirmar que as maiores conquistas do avanço tecnológico estão nos cuidados com a vida – a humana, com tratamentos mais eficazes, e a do solo, produzindo mais em menos espaço. Como diz o Hino Nacional, “nossos bosques têm mais vida”.
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Jogo de empurra
Dnitt e o Ibama fazem um jogo de empurra sobre os pedidos de licenciamentos de licenças ambientais para a BR 319, a única ligação terrestre de Manaus com o restante do país, entravada há décadas seja através de governos de centro, de esquerda ou de direita. São quase 40 anos de espera para o trecho que falta ser asfaltado, um percurso de quase 500 quilômetros denominado de “meião” da rodovia. As bancadas federais do Amazonas e de Rondônia, principais estados interessados no avanço das obras tem apertado o governo federal. Alguma coisa já está saindo com alguns pequenos trechos e a conclusão das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim.
Abrindo o bico
Dificilmente o vereador Tessari, aquele flagrado em rachadinhas e contratação de funcionários fantasmas, será cassado pela Câmara de Vereadores de Porto Velho pelos seus malfeitos. Ocorre que se ele for retaliado, algumas outras cabeças do legislativo poderão rolar, pois Tessari nos bastidores ameaça abrir o bico, no caso entregar mais gente com culpa em cartório. Tessari com certeza aposta na impunidade, já que teve a cara de pau de aparecer em plena coletiva da Policia Federal a imprensa para se explicar sobre as acusações vigentes contra ele. Tessari já foi afastado do cargo pela justiça, mas em breve estará de volta.
Camaleões políticos
A política rondoniense é repleta de camaleões. Vejam que em Rondônia, muitos bolsonaristas fanáticos são ex-petistas, por exemplo que mudaram de cores partidárias de acordo com as conveniências e do vento soprando. No plano nacional, por exemplo, Tarcísio de Freitas já foi ministro de Dilma Roussef. Com o presidente Lula voltando a crescer nas pesquisas alguns ex-petistas estão de volta ao ninho. Em Porto Velho, que é a cidade menos bolsonanista de Rondônia, os políticos conservadores refreiam suas paixões bolsonaristas visando um eleitorado mais de centro nas urnas nas eleições do ano que vem, como ocorreu na eleição do prefeito Leo Moraes (Podemos).
Acordo firmado
Começam os desdobramentos do acordo firmado entre o governador de Rondônia Marcos Rocha com o deputado federal Mauricio Carvalho, sua mana Mariana e o patricarca da família Aparício Carvalho, comandante dos Republicanos. O acordo político prevê o apoio dos Carvalhos a candidatura de Marcos Rocha ao Senado e a liberação de algumas secretarias estaduais para a família. Este acordo, inicialmente sinaliza que um dos irmãos entra na disputa da Câmara dos Deputados e outro a uma cadeira a Assembleia Legislativa. O apoio para um candidato ao governo ainda está aberto. Sergio Gonçalves? Fernando Máximo?
Não reclamam
Os bolsonaristas rondonienses são tão caninamente obedientes que não reclamam das intenções dos ex-presidenciáveis Cabo Daciolo e Padre Kelmon vir disputar as eleições ao Senado em nosso estado. São bem diferentes dos bolsonaristas de Santa Catarina que querem expulsar de lá o vereador carioca Carlos Bolsonaro que transferiu seu domicilio eleitoral para São José, na grande Florianópolis, para disputar uma cadeira ao Senado. Lá boa parte da imprensa e das lideranças conservadores estão se insurgindo com a candidatura paraquedista.
Os alienígenas
Por falar em candidaturas alienígenas ao Senado dos cariocas Cabo Daciolo (em Rondônia) e de Carlos Bolsonaro (em Santa Catarina) eles já estão em campanha. Carlucho Bolsonaro já esteve fazendo visitas em terras catarinenses, Daciolo nem visitas ainda procedeu em Rondônia, na sua nova base, Ariquemes. Sobre eventual candidatura de Michele Bolsonaro em Rondônia ela foi descartada. Ela é cogitada para compor a vice-presidência na chapa de Tarcísio de Freitas, ou disputando uma cadeira ao Senado pelo Distrito Federal.
Via Direta
*** O deputado federal Lucio Mosquini se tornou um verdadeiro cavalo de Tróia no MDB. Na recente inauguração do seu escritório político em Jaru, se viram lideranças do PL, União Brasil e outros partidos, menos lideranças emedebistas *** Mosquini aguarda a janela partidária de abril para se transferir de partido e disputar uma cadeira ao Senado ou até mesmo o governo d e Rondônia *** Aliados, no entanto, recomendam que o parlamentar dispute a reeleição *** Das novas lideranças rondonienses Elton Assis (PDT) vai despontando na peleja por uma cadeira a Câmara dos Deputados. Tem grande apoio do funcionalismo público rondoniense.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br