Dólares transparentes - A Ferrogrão + A concorrência contra Ivo e Confúcio + Nova gestão

4 de fevereiro de 2021 223

Dólares transparentes

Temerosos de um forte ataque do novo governo dos EUA ao Brasil como castigo pela relação submissa ao governo de Donald Trump, houve analistas supondo que o presidente Joe Biden teria que se concentrar na pandemia e na guerra comercial com a China e assim deixaria o Brasil em paz por algum tempo.

No entanto, já nos primeiros quinze dias de governo a Amazônia apareceu em um documento central para o desenvolvimento da gestão Biden: um pacote trilionário criado para enfrentar a crise climática. Trump relaxou nesse ponto, com um negacionismo sem provas nem cuidados, e Biden se viu no dever de refrear as explorações industriais que pioram o clima.

O pacote também cria uma série de políticas para incentivar a economia sustentável e proteger a floresta amazônica. Ainda não há uma posição oficial do governo brasileiro sobre o pacote, mas se há como trazer um naco desses trilhões para proteger o meio ambiente e viabilizar o enriquecimento dos povos da floresta, contribuindo para avanços na infraestrutura brasileira, que os dólares de Washington venham com presteza e ótimo uso.

Se for para ajudar, sem intromissão indevida nos assuntos internos do país, que venham com transparência, em aplicações explicitadas com rigor técnico, sem as desgastantes trapalhadas que geram confusão até em contas simples de doces, chicletes e vinhos. Quando tudo dá em confusão e ofensas, algo está errado.

A Ferrogrão

Enquanto a Ferrovia EF-170, a chamada Ferrogrão, entra em licitação neste primeiro trimestre de 2021, a Transoceânica, aquela projetada para correr seus trilhos por Rondônia até o Pacífico acabou esquecida. Com as lideranças mato-grossenses e paraenses mais antenadas, a Ferrogrão que conecta a região produtora do Centro Oeste do Mato Grosso ao porto de Miritituba no Pará, numa extensão de 1000 quilômetros começa a sair do papel para entrar em operação nos próximos anos.

Arco Norte

Das projeções para o escoamento das safras agrícolas do Norte do Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas, através da hidrovia do Madeira, também nada mais foi ventilado. Sequer o pontapé inicial para este empreendimento, que seria a dragagem do Rio Madeira na extensão de Porto Velho a Itacoatiara avançou nos últimos meses com a pandemia tomando conta da região amazônica. Enfim chega das nossas lideranças cochilarem. É preciso ir à luta, mais articulação, foco, gente!

Os caciques

A possibilidade dos caciques Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB) disputarem o governo de Rondônia em 2022 está preocupando a concorrência. Ambos foram eleitos e reeleitos governadores, são raposões bons de votos e sabem virar as disputas com muita competência. Em seus governos (de Ivo e Confúcio), Rondônia alcançou taxas de crescimento semelhantes aos tigres asiáticos, de até 7,5 do PIB ao ano. Ambos já entram com um pé no segundo turno. Difícil barrar quem sabe jogar o jogo.

A concorrência

A possível concorrência contra Ivo e Confúcio vai precisar comer muita macaxeira com farinha para minar a dupla de ex-governadores. Seja o govenador Marcos Rocha (cria de Confúcio), o prefeito Hilton Chaves (PSDB), Leo Moraes (filhote político de Ivo Cassol), ou Marcos Rogério, destaque nacional rondoniense na bancada federal, vão ter que se armar até aos dentes. A disputa Ivo Cassol x Confúcio será um clássico político em Rondônia, tipo Fla/Flu, Grenal, Corinthians x Palmeiras, etc.

Nova gestão

O prefeito de Urupá, Celio Lang, que acaba de assumir a presidência da Associação Rondoniense dos Municípios tem importantes desafios na sua gestão tampão. O primeiro deles é resgatar a moralidade da entidade, cuja presidente Lebrinha foi presa recentemente flagrada ao receber propinas de empresários e que já renunciou ao cargo por conta do malfeito. A entidade também é desunida, muitos prefeitos não colaboram e a ciumeira política reina entre os alcaides, um puxando o tapete do outro. Coisa de louco!

Via Direta

*** Atenção senhores aposentados em Rondônia: a prova de vida exigida anualmente pelo Iperon foi prorrogada até 30 de junho por conta da pandemia *** É o terceiro adiamento em um ano de peste *** É impressionante como continuam as festas clandestinas no entorno de Porto Velho e com a maioria dos jovens não usando máscaras indicando que a pandemia ainda demora para diminuir mesmo com os últimos ajustes *** Outro problema sério que tem ocorrido na capital é o desaparecimento de adolescentes.  Estão fugindo de casa? Estão sendo raptadas para os esquemas de prostituição? Talvez estupradas e mortas por maníacos? *** Trata-se de um mistério ainda não elucidado pelas autoridades policiais. 

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br