EM CUJUBIM VEREADORES REVIVEM A ENCENAÇÃO DA CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO

2 de outubro de 2024 518

O povo de Cujubim está um tanto quanta assustadas com os acontecimentos políticos nessa reta final de campanha, Matilde a velha futrequeira se debruçou na história e percebeu que Cujubim virou palco de uma cena histórica saída direto da Bíblia – mas não se engane, não se trata de um milagre, e sim de uma velha política à moda brasileira. Lá estavam eles, os nobres vereadores, reunidos para decidir quem iria governar o nosso estimado município. Era a vez de escolher entre prender “Jesus” e soltar “Barrabás” – e, adivinhem só, Barrabás saiu vitorioso. E com muitos aplausos, viu?

Quem estava à frente desse espetáculo digno de novela mexicana era ninguém menos que o nosso presidente da Câmara, Herlon. Ele já tinha ensaiado os passos, preparado o discurso, até ajeitado a faixa no espelho do banheiro para não amassar o paletó. Era chegada a hora de assumir a prefeitura, e tudo indicava que aquele seria o seu momento de glória. Só que – surpresa, surpresa! – Veio à tona uma denúncia de superfaturamento nos serviços de limpeza e manutenção dos “quatro anexos” recém-criados da distinta Câmara de Cujubim.

E não pensem que estou aqui exagerando! Dizem que pagavam R$ 6 mil por mês, mas Herlon, homem de visão que é, decidiu que o valor justo era R$ 10 mil – porque, afinal, o que são mais quatro mil entre amigos, não é mesmo? E os prédios da Câmara, olha só, parecem até palácios! Mas o povo quer saber: cadê o dinheiro que estava aqui? Parece que evaporou…

E como diz minha vizinha, a velha futrequeira: se tem fumaça, tem fogo. E esse fogaréu já estava chamuscando as barbas do nosso querido Herlon. Mas eis que, como uma cena bem ensaiada, surge uma denúncia contra o prefeito João Becker. E o que dizia a tal denúncia? Corrupção? Mau uso do dinheiro público? Não, minha gente, a coisa era bem mais capciosa: queriam tirar João Becker do jogo só para que o presidente Herlon pudesse sentar naquela cadeirinha de prefeito e brincar de faz-de-conta com o erário público. Porque parece que ser vereador não basta, tem que ser rei. Rei da coisa toda.

Foi aí que aconteceu o que só se vê em Cujubim – e, talvez, em algumas fábulas de Esopo. Os vereadores, em sua maioria iluminada, decidiram acolher a denúncia contra João Becker. Até aí, tudo bem, porque a democracia exige investigações. Só que, vejam só que ironia do destino: no mesmo dia, eles rejeitaram outra denúncia, está contra Herlon, com impressionantes 389 páginas de provas de corrupção. Acho que, para eles, era muito papel para ler, e a maioria deve ter se cansado na página dois.

E assim, de forma magistral, Cujubim escolheu soltar “Barrabás” e prender “Jesus”. Aliás, Jesus não, o João Becker, nosso prefeito que, ao que parece, é culpado só de estar no lugar errado, na hora errada, e de não fazer parte do time certo.

Enquanto isso, a cidade assiste a tudo isso como quem assiste a uma peça mal encenada no teatro. Alguns riem, outros choram, e tem aqueles, como a velha Matilde aqui, que apenas perguntam: “Cadê o dinheiro? ” Porque se há algo que aprendemos com essa história, é que a honestidade vale menos do que uma boa piada. E que o futuro de Cujubim, infelizmente, depende mais das escolhas dos seus “atores” do que da vontade do povo.

Até a próxima, minha gente. Se o Herlon não tomar conta deste site também. É claro. Aqui não seus desgualepados, aqui tem café no bule!!!!!!

Fonte: AOR OLIVEIRA
O QUE DA NOTICIA (AOR OLIVEIRA)