ENTRE O CALCULISMO DESUMANO DO HAMAS E A LOUCURA SINISTRA DE ISRAEL NÃO EXISTE ESCOLHA POSSÍVEL: SÃO AMBOS EXECRÁVEIS!CEL
O Hamas parece ter percebido que. praticamente imbatível no plano militar, Israel é facilmente levado a vulnerabilizar-se, expondo seu absoluto desprezo por todos que não façam parte do que os judeus acreditam ser: o povo escolhido pelo único Deus.
Onde foram buscar tamanha sandice? Em Deuteronômio 7:7-9:
"...o Senhor amou vocês por causa do juramento que fez aos seus antepassados.
Por isso ele os tirou com mão poderosa e os redimiu da terra da escravidão, do poder do faraó, rei do Egito.
Saibam, portanto, que o Senhor, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos"
Foi, certamente, a chamada ilusão compensatória: eram fracos, sacos de pancada dos poderosos, por eles dominados e amiúde escravizados, mas desprezavam seus opressores e não buscavam alianças com outros fracos. A lorota religiosa era seu ópio, que lhes dava força para seguirem adiante.
Não por acaso, se destacariam numa das mais ignóbeis formas de assegurar a sobrevivência material: a usura. Sem remorsos, porque não viam as vítimas de sua atividade predatória e desumana como iguais, mas sim como seres inferiores, já que não desfrutavam das graças do verdadeiro Deus.
Este é o principal motivo de suas desgraças através dos tempos. Sua soberba, sua insistência em jamais se misturarem à população dos países que os acolhiam, fazendo questão de deles se diferenciarem nos costumes e mesmo no visual, conduzia inevitavelmente à sua estigmatização.
E, por conta dessa existência conflituosa, foram capazes de produzir grandes pensadores, artistas e cientistas, pois as contradições impeliam à busca do conhecimento e à lapidação dos talentos.
Quando se tornaram o povo escolhido, não por Deus mas pelo capitalismo, para servirem como cães de guarda dos interesses da indústria petrolífera, seu lado pior foi aflorando cada vez mais: pela primeira vez sentiram-se suficientemente poderosos para imporem aos povos desprezados por Deus o impiedoso olho por olho, dente por dente.
E quantas bestialidades vêm cometendo desde 1948, incapazes de refrearem seus delírios de onipotência! Tornaram-se simplesmente os campeões absolutos de transgressões aos direitos humanos e aos direitos dos povos, piratas da modernidade, vivendo de acordo com os próprios desígnios e desmoralizando completamente a ONU e os próprios fundamentos da vida civilizada.
O Hamas conseguiu identificar o calcanhar de Aquiles de Israel: fazer questão de sempre responder às agressões que sofre com uma contundência extremamente maior. Então, desencadeou uma ofensiva de ações abomináveis, apostando em que Israel a elas reagiria com monstruosidades como o cerco da Faixa de Gaza e a expulsão de mais de 1 milhão de palestinos da terra que habitam.
Não há a mais remota dúvida sobre quem seja o vilão maior nesta questão: é e sempre será o Estado terrorista, que pratica os piores crimes contra a humanidade todas as vezes em que sente-se desafiado.
Israel, paradoxalmente, faz lembrar os nazistas, que, quando um dos seus era atacado nas nações por eles ocupadas, se vingava executando uma ou mais dezenas de civis escolhidos a esmo.
Assim como a Faixa de Gaza mais parece uma aberrante repetição do Gueto de Varsóvia: as devastadoras represálias israelenses entregam o quanto Israel absorveu de seus inimigos de outrora!
E o Hamas? Poderá até atingir seu objetivo, mas o fará chafurdando na mais repugnante crueldade fundamentalista. Nada, absolutamente nada, justifica o massacre indiscriminado de civis, incluindo crianças, idosos e todo tipo de indefesos!
E não é só a Israel que atinge com sua armadilha hedionda: também a esquerda se vê obrigada à difícil escolha entre o calculismo desumano dos fundamentalistas de Alá e a loucura sinistra dos carniceiros de Jeová.
Embora a grande imprensa brasileira seja tendenciosa ao extremo neste conflito, nós, da esquerda revolucionária, não podemos ceder à tentação de endossar a barbárie do Hamas, caso contrário perderemos o direito de nos apresentarmos como defensores da civilização, da igualdade entre todos os seres humanos e da liberdade plena.
Se há alguém nesse imbróglio com quem podemos nos identificar, são apenas os civis de ambos os lados que estão sendo covardemente feitos de alvos da insanidade de combatentes indignos. Eles sofrem desmesuradamente em função de fantasmas do passado e da idiotia religiosa que continuam determinando as decisões dos dirigentes fundamentalistas e sionistas.
Já os litigantes só merecem nossa mais profunda repulsa. (por Celso Lungaretti)
Filmaço de 1977 do Richard Attenborouhgh, o diretor de Gandhi.
É uma superprodução com elenco estelar, sobre os planos infalíveis
dos senhores da guerra e os morticínios inúteis que deles decorrem.
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