Especialista em Farmácia Clínica explica como ajudar alguém com Alzheimer

27 de fevereiro de 2018 606

No mês de fevereiro é propagado em todo o país a campanha de conscientização sobre o Mal de Alzheimer. A doença é incurável e se agrava ao longo do tempo, sendo que a maioria dos pacientes com a doença são idosos. O Alzheimer é considerado precoce quando é diagnosticado antes dos 65 anos e neste caso ele é sempre hereditário. Seus principais sintomas podem incluir falhas da memória, confusão mental ou irritabilidade e agressividade, surgindo muitas vezes por volta dos 30 anos de idade.

O esquecimento é um dos sinais mais comuns da doença, principalmente nas fases iniciais. Entretanto, não é qualquer perda de memória que já pode ser considerada como Alzheimer, afinal, às vezes é normal esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente. Os exemplos mais comuns dos primeiros sintomas da doença é o esquecimento de informações recentes e/ou datas importantes, eventos, entre outros.

Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade, sendo que 6% delas têm a doença. A pesquisa aponta que em 2010, 1 milhão de idosos no Brasil tinham Alzheimer, em 2020 serão 1,6 milhão.

 

Os principais fatores de risco

Um dos principais fatores é a idade. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos. Outro fator é a herança genética, sendo que 10% dos pacientes com Alzheimer possuem entes que possuem a doença.
Outros fatores dizem respeito ao estilo de vida. São considerados fatores de risco: hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo.
Além disso, pessoas com histórico de complexa atividade intelectual e alta escolaridade tendem a desenvolver os sintomas da doença em um estágio mais avançado da atrofia cerebral.

Como a família pode ajudar?

É comum que diante do diagnóstico tanto a família quanto o paciente se assustem, mas nem tudo está perdido. O primeiro passo importante é reunir com os entes mais próximos e estabelecer algumas funções como: quem irá cuidar do paciente durante o dia e a noite, quem levará ao médico, entre outros. Caso os familiares não consigam fazer um revezamento, outra alternativa é contratar uma cuidadora ou até mesmo uma enfermeira.

É essencial também mostrar ao paciente que ele pode levar uma vida feliz e ter momentos de lazer. Inclusive é importante que o portador da doença se divirta. Estimular a memória é primordial, alguns exercícios simples podem ser feitos no cotidiano como palavras cruzadas, jogos da memória, incentivar a leitura e convívio com outras pessoas, por fim ter sempre fotos recentes e antigas de familiares e pessoas queridas.

Com informações de Vandré Mateus: Farmacêutico e professor do IPOG.

(Foto: reprodução Internet)