Estudante de Rondônia cria sensor para detecção de vazamento de gás inovador e de baixo custo
O estudante do Ensino Médio de Rondônia Gabriel dos Santos Mota, 18 anos, criou um sensor inovador e de baixo custo para detecção de vazamento de gás. Aluno do Colégio Tiradentes da Polícia Militar II, localizado em Jaci Paraná, distrito de Porto Velho (RO) e também estudante do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) de Nova Mutum Paraná, criou um sensor que dispara alarme a partir da detecção de vazamento de gás GLP, com alcance do som de até 12 metros e duração de 10 segundos, acende uma lâmpada LED vermelha e aciona uma válvula para travar o botijão de gás. Este trabalho será um dos destaques na Expo Milset Brasil, evento que será realizado em Fortaleza (CE) a partir de hoje até o dia 31 de maio.
Além de GLP, o equipamento criado por Gabriel também detecta a presença de outros gases, como propano, metano e hidrogênio. O trabalho dele será exposto junto com cerca de 120 trabalhos na feira científica em Fortaleza, que vai reunir alunos do ensino infantil, médio, técnico e superior de todo o Brasil e da Argentina, Chile, Paraguai, México e Peru. Gabriel foi selecionado para expor o trabalho depois de se destacar entre cerca de 100 projetos e conquistar o primeiro lugar na edição 2018 da Feira de Rondônia Científica e de Inovação Tecnológica (Ferocit), promovida pelo Governo de Rondônia, na categoria Ensino Médio.
Para a feira em Fortaleza, o aluno adicionou uma novidade: no caso de vazamento de gás, o sensor vai enviar uma mensagem pela Internet para o dono da casa, que assim fica sabendo do problema em tempo real. “No meu projeto consigo fazer o equipamento a um custo de R$ 80, o que facilita a oferta de equipamentos mais baratos do que os que existem hoje no mercado”, afirma. O preço de sensores de detecção de vazamento de gás já existentes no mercado pode chegar a R$ 1.200, segundo pesquisa feita pelo próprio Gabriel.
O estudante diz que sempre quis participar de uma feira de ciência, mas ganhou a motivação que faltava quando passou a estudar no CCT. Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Gabriel sonha em fazer curso técnico de Mecatrônica e depois curso superior na mesma área. Ele representará Rondônia em Fortaleza acompanhado da sua Orientadora e Coordenadora Pedagógica do CCT, Ailnete Nascimento. “O trabalho do Gabriel é espetacular e evita acidentes domésticos, explosões de grande extensão a um baixo custo. É um menino muito inteligente, curioso, já chegou aqui com uma bagagem de conhecimento. É inquieto e vai atrás das coisas”, destaca a professora Ailnete.
A Expo Milset Brasil é promovida pela associação sem fins lucrativos Pelo Movimento e Aprendizagem do Brasil, em parceria com o Governo do Estado do Ceará, Prefeitura de Fortaleza, UNESCO, MILSET internacional, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Estadual do Ceará (UECE). O evento, aberto ao público, vai acontecer das 9h às 18h no Hotel Oasis Atlântico Imperial, com divulgação de projetos de Ciências, Tecnologia, Artes e Inovação. O objetivo é popularizar a ciência entre os jovens. Os organizadores esperam receber uma grande quantidade de estudantes como expositores e visitantes.
CONHEÇA MAIS SOBRE O CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau, investiu cerca de R$ 2 milhões subsidiados com recurso do subcrédito social do BNDES na implantação do Centro de Ciência e Tecnologia (CCT) por liberalidade da Empresa, visando o desenvolvimento social da região. A inauguração do CCT em Nova Mutum Paraná foi realizada em 6 de novembro de 2018 por meio de um convênio com o Governo do Estado de Rondônia e funciona sob a coordenação pedagógica do Colégio Tiradentes da Polícia Militar II, escola que apresentou ano passado o melhor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Estado.
O objetivo do CCT é beneficiar os jovens da região do entorno da UHE Jirau, criando um modelo educacional inédito e de excelência em Rondônia. Está instalado num prédio de 1.800 m² e conta com laboratório de IoT (Internet das Coisas), laboratório de robótica, de informática, de alimentos, biblioteca, sala de estudos, wi-fi de alta velocidade e toda a infraestrutura necessária para os estudantes. O Centro atua na formação técnica e no desenvolvimento de projetos de iniciação científica e de inovação tecnológica em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO). Além disso, tem apoio financeiro da ESBR por meio do convênio firmado inicialmente para cinco anos para viabilizar os projetos dos estudantes, bem como sua exposição em eventos científicos dentro e fora do país. Outra contribuição da UHE Jirau é a transferência de conhecimento técnicos aos jovens, que será proporcionado de forma voluntária por especialistas de diversas áreas da Hidrelétrica.
Fonte: Assessoria de Imprensa