Eu já vi político em Rondônia com feedback negativo voltado ao mandato.
Eu já vi político em Rondônia com feedback negativo voltado ao mandato, claro. Mas não há um único nome que se compare ao de Marcos Rogério quando o assunto é ser odiado, rechaçado, repelido, enfim, atirado longe e em direção às traças sempre que suas credenciais são suscitadas.
Óbvio, isto tirando provavelmente os servidores do Gabinete dele no Senado e a própria família, porque suponho que ao menos esta última lhe dê algum suporte moral do tipo: "É isso aí! Vai lá, campeão. Tá indo bem. Agora sem as mãos...".
Até homens públicos considerados trogloditas como Ivo Cassol ou Ernandes Amorim, só para dar um exemplo vívido, têm retorno popular mais enfático e indissolúvel em decorrência de suas personalidades peculiares.
Deixo claro: não faço juízo de valor sobre eles como atores sociais, mas, lá no fundo, bem no limite do baú, diga-se de passagem, se encontra na dupla ao menos uma qualidade observando a constância em suas ações mesmo quando erram. E erraram muito, não há dúvidas.
E aí está o termo-chave: personalidade, característica que passa longe do espectro servil de Marcos Rogério como homem público. A impressão que dá é que um dia ele acordou, se viu no espelho e enxergou um aristocrata a despeito de ser mero mortal como nós, membros da plebe.
Esse esforço descomunal para se impostar enquanto lê discurso tecnocrata redigido por alguém verdadeiramente inteligente traz consigo a marca indelével da falsidade, digital que ficará incrustada em sua carcaça, relembrando as pessoas, só de bater os olhos nele, sobre seus passos vãos, equivocados, longe daquilo que os eleitores esperavam de um congressista promissor.
E é uma pena. Mais um que se afoga na própria vaidade.
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O ESPECTADOR - POR VINICIUS CANOVA
JORNALISTA COLABORADOR DO WWW.QUENOTICIAS.COM.BR