Forças de Segurança georgianas detêm 5 supostos terroristas
Soldados das forças de segurança georgianas detiveram nesta terça-feira cinco supostos terroristas islamitas vinculados a um grupo que planejava atentados contra missões diplomáticas no país e na vizinha Turquia.
As detenções ocorreram em Tbilisi e no vale de Pankisi, cerca 200 quilômetros ao oeste da capital georgiana, informou o Serviço de Segurança o Estado (SSE).
"Um dos detidos está hospitalizado devido a um ferimento de bala que recebeu quando tentava detonar uma granada e resistir à ação das forças especiais", disse à imprensa a porta-voz do SSE, Nino Guiorgobiani.
Segundo Nino, todos os detidos são cidadãos georgianos, oriundos da região de Pankisi, fronteiriça com a Rússia, onde residem historicamente milhares de chechenos.
A porta-voz indicou os detidos faziam parte do grupo terrorista que foi liderado Akhmed Chatayev, suposto organizador do atentado que matou a 45 pessoas no aeroporto de Istambul em 2016.
Chatayev e dois de seus cúmplices morreram em 22 de novembro deste ano em Tbilisi durante uma operação antiterrorista.
Segundo o SSE, o líder de grupo terrorista lutou contra o Exército russo nas fileiras dos separatistas chechenos e mais tarde se refugiou na Europa, onde se vinculou ao Estado Islâmico.
A porta-voz do SSE indicou que a detenção dos supostos terroristas foi possível graças à cooperação de especialistas americanos nas investigações dos computadores e celulares de Chatayev e dois cúmplices.
"Graças a essa informação foi descoberto um esconderijo com armas, mapas, binóculos e equipamentos de rádio", explicou.
Nino apontou que os cinco detidos são suspeitos de organizar a entrada ilegal na Geórgia de Chatayev e seus cúmplices desde a Turquia e de fornecer a eles armas e moradia, crimes pelos quais poderiam ser condenados a até 20 anos de prisão.
"Chataeyv e seu grupo, como estabeleceu a investigação baseada em inúmeras provas, incluindo gravações de áudio, planejavam atentados terroristas contra embaixadas na Geórgia e na Turquia", acrescentou a porta-voz.