General dá forças à Banda do Vai Quem Quer
Porto Velho, RO – Foi, numa triste coincidência, que justamente no período momesco do já longínquo 2011 Manoel da Costa Mendonça, o Manelão, fundador da Banda do Vai Quem Quer (BVQQ), nos deixou para vigiar e coordenar os foliões em outro plano de existência.
Os pessimistas de plantão, como de costume, fizeram questão de decretar, ao mesmo tempo, o início do fim do maior bloco de rua da Amazônia. Passados quase sete anos da ida definitiva de Manelão às hostes celestiais percebemos claramente que os urubus da decadência humana deram com os burros n’água, pois o que ocorreu foi justamente o contrário.
Manelão, o fundador da Banda do Vai Quem Quer
Capitaneada pela filha do general da alegria, a competente Siça Andrade, a Banda seguiu seu caminho mantendo o engajamento dos entusiastas da cultura carnavalesca de Rondônia e angariando mais apoio espontâneo.
Atualmente, no pico do desfile, quase não há espaços vazios tanto no epicentro da algazarra quanto nos entornos do itinerário: um verdadeiro fenômeno de aglutinação coletiva formado por pessoas que, por instantes, esquecem todas as suas diferenças e aderem à marchinha mais conhecida:
“Chegou a Banda, a Banda, a Banda: a Banda do Vai Quem Quer. Nós não temos preconceito, na brincadeira entra quem quiser”.
E como seria bom se a mensagem entoada pelo cântico perdurasse para todo o sempre; é utópico, mas gostoso idealizar.
Crescendo exponencialmente em todos os sentidos, a Banda transcende aos conceitos de agremiação, poderio popular, movimento cultural e até do próprio Carnaval, onde seu nome se impõe umbilicalmente ao festejo.
Pirarucu do Madeira já causou furor no Carnaval 2018
Com isso, outros blocos como o fortíssimo Pirarucu do Madeira seguem a toada de valorização popular e administrativa que, aparentemente, vem largando aos poucos o equivocado conceito de que a cultura deve ser relegada à última instância no ranking de importância da Administração Pública e do povo.
É, muito além das pobríssimas definições emprestadas por adjetivos, o estandarte máximo a expressar nosso sucesso enquanto sociedade organizada, algo que não corre ainda, infelizmente, nas searas política e social.
Que neste sábado (10) chuvoso – a chuva torrencial é uma das marcas nas saídas da Banda – o 38º desfile da BVQQ siga seu rumo sob proteção do saudoso e inesquecível general que dá vida e forças à diversão!
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VISÃO PERIFÉRICA
POR: VINICIUS CANOVA