Gilmar Mendes: “Não me lembro. Nunca

15 de dezembro de 2017 703

Entre 2008 e 2016, Gilmar Mendes recebeu 7,5 milhões de reais do IDP, diz a Veja.

Só no ano passado, foram 900 mil reais.

“Não vejo nenhum problema”, disse Gilmar Mendes. “Eu era professor antes de ser ministro”.

A Veja perguntou-lhe:

“O diretor jurídico da JBS lhe pediu ajuda para resolver o problema de caixa 2 eleitoral?”

Ele respondeu:

“Não me lembro. Nunca”.

A revista perguntou:

“O senhor se recorda de a JBS ter sido acionada por sua assessoria para resolver um problema fundiário de seu irmão?”

Ele respondeu:

“Não tenho conhecimento”.

O factoide da Previdência

A reforma previdenciária é um factoide de Michel Temer.

Segundo César Felício, do Valor, ela pode até passar na Câmara dos Deputados, mas vai ficar parada no Senado.

Leia um trecho de sua coluna:

“O factoide da reforma serviu para reposicionar Temer no cenário político. É consenso que a capacidade presidencial de dar um norte ao país, de revestir o seu governo de nexo e unidade de propósitos, encerrou-se no dia 17 de maio deste ano. A crise desencadeada pela delação da JBS encerrou a fase realizadora de um governo que vive da e para a articulação com o Congresso. Depois de um inverno em que predominaram as especulações sobre a continuidade ou não do governo, tivemos a primavera em que a sucessão presidencial começou a tomar prumo.

A reforma trouxe para Maia e Temer algo essencial na política, que é a influência sobre a agenda. Quem controla a agenda obriga os demais contendores a serem reativos. Deu-se o freio de arrumação. Maia e Temer ganharam um pouco mais de densidade na hora de negociar a aliança no próximo ano (…).

É factível pensar na aprovação da reforma da Previdência em fevereiro pelos deputados, duvidoso é pensar que o Senado dará celeridade ao tema, em função das eleições. A janela mais concreta para se imaginar algum avanço é entre os meses de novembro e dezembro. A eleição terá terminado e um contingente considerável de senadores não terão renovado seus mandatos. Os parlamentares em processo de saída poderão ter interesse em compor com o presidente eleito. Pode ser que o vencedor das eleições no próximo ano tenha interesse na aprovação do ajuste tal como ele esteja, antes de tomar posse.”