Grupo que fornecia fuzis para facção carioca é alvo de operação em quatro cidades de SC

A Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), por meio da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Deic), prendeu nesta terça-feira (16), no bairro Pantanal, em Florianópolis, um casal suspeito de integrar uma organização criminosa que fornecia armas, como fuzis, e munições para uma facção do Rio de Janeiro. Um uruguaio alvo de mandado de prisão ainda não foi localizado.
Um dos presos é um homem de 32 anos, natural do Rio de Janeiro, que seria líder do grupo catarinense. Segundo a Polícia Civil, ele teria “estreita relação” com integrantes da organização criminosa carioca.
De acordo com o delegado Antonio Claudio de Seixas Jóca, responsável pela investigação, também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José, Palhoça e Balneário Camboriú. Ainda foram sequestrados bens e foi realizado o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros de até R$ 280 milhões de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema.
As investigações apontam que o grupo atuava desde 2021. Os fuzis AR-15, AR-10 e AK-47 eram adquiridos no Rio Grande do Sul, pelo uruguaio, e enviados a Santa Catarina, de onde seguiam para comunidades controladas pela facção no Rio de Janeiro, principalmente para as comunidades do Jardim Catarina e do Complexo da Penha.
Além das pessoas físicas investigadas, quatro empresas também foram alvo da operação
Conforme a Polícia Civil, o esquema foi descoberto após a prisão das principais lideranças da organização criminosa na Operação Tio Patinhas, que resultou na apreensão de centenas de munições de fuzis que seriam comercializadas para a facção carioca.
O grupo é investigado pela pratica dos crimes de participação em organização criminosa, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro.