Hérnia de disco cervical - sintomas e tratamento
A coluna vertebral é o eixo que sustenta todo o peso do corpo. Dividida em três regiões (cervical, torácica e lombar), ela tem formato de S e é dotada de uma curvatura natural. No total, a estrutura conta com 33 ossos, chamados vértebras.
Entretanto, elas não são os únicos elementos da coluna. Como ela é afetada pelos movimentos do corpo e pelo peso carregado a cada dia, há os discos intervertebrais, cuja função é amenizar tais choques. Contudo, eles também são vulneráveis ao desgaste, o que pode causar uma doença extremamente comum: a hérnia de disco.
O que é a hérnia de disco?
Com o desgaste dos discos intervertebrais, o material pulposo, que fica em seu interior, vaza. Isto, por sua vez, causa sintomas como dor, formigamento e dificuldade para se movimentar. É a hérnia de disco, uma das doenças de coluna mais comuns que existem.
Como a maioria das hérnias se apresenta na coluna lombar, estes são os casos mais conhecidos pela população. Contudo, a doença pode se desenvolver em todas as partes da coluna – inclusive na cervical.
Quais são as particularidades da hérnia de disco cervical?
O que distingue a hérnia de disco cervical é a região onde ela se manifesta – como o próprio nome diz, na coluna cervical, que começa na vértebra C1 e vai até a C7, na região do pescoço.
Consequentemente, enquanto a hérnia lombar causa dor entre o início e o meio da coluna, assim como nas pernas e nos pés, a hérnia de disco na cervical causa sintomas no pescoço, nos ombros e, algumas vezes, nos braços.
Como esta variante não é tão comum, há poucas estatísticas sobre a sua incidência. Uma delas fruto de um estudo feito nos Estados Unidos, concluiu que há 5,5 casos de hérnia de disco cervical a cada 100 mil habitantes, sendo que a maioria acontece entre as vértebras C5 e C6. Como não há disco entre C1 e C2, o mal não pode se desenvolver ali.
Quais são os sintomas da hérnia de disco cervical?
Os sintomas da hérnia de disco cervical são os mesmos da hérnia lombar, mas acontecem em uma região diferente do corpo. O sinal mais comum de que algo não vai bem é a dor, que surge no pescoço e pode ser irradiada para os ombros e os braços.
Do mesmo modo, pessoas acometidas pela doença também podem apresentar sintomas como crepitação ao girar o pescoço, sensação de peso e formigamento nos ombros e no topo das costas e fraqueza nos braços e nas mãos.
Quais são os fatores de risco para desenvolver hérnia de disco cervical?
Os fatores de risco da hérnia de disco cervical são os mesmos do mal em outras partes da coluna. A idade é o principal – afinal, com o envelhecimento dos discos, eles se tornam mais frágeis, favorecendo a ocorrência de hérnia.
Além disso, carregar peso acima da capacidade do corpo, má postura, genética e até tabagismo aumentam as chances de que uma pessoa desenvolva a doença.
A hérnia de disco cervical tem cura?
Felizmente, quem é acometido pela hérnia de disco cervical não precisa lidar com a doença para o resto da vida: com os avanços da medicina, há diversas opções de tratamento para ela, que se seguidos podem proporcionar a cura da hérnia de disco.
Confira os principais tratamentos para hérnia de disco cervical:
Remédios para hérnia de disco cervical
O uso de remédios é a primeira opção entre os tratamentos para hérnia de disco cervical. Normalmente, são prescritos anti-inflamatórios (como Ibuprofeno e Cetoprofeno), analgésicos (desde os mais comuns, como a Dipirona, até os mais potentes, como a Codeína) e relaxantes musculares (como a Ciclobenzaprina). Em casos mais severos, o médico pode aplicar corticóides, como a Prednisona, direto no local. Estes medicamentos costumam aliviar os sintomas.
Cirurgia de hérnia de disco cervical
O tratamento cirúrgico é a opção mais eficiente quando as tentativas mais conservadoras não funcionam. Felizmente, apenas 10% dos acometidos pela doença chegam a este ponto, e estes serão os pacientes que deverão ser encaminhados para cirurgia A outra boa notícia é que, atualmente, os pacientes que precisam de cirurgia de hérnia de disco cervical contam com técnicas muito mais avançadas e menos invasivas que as tradicionais.
As principais opções são a microcirurgia, na qual o médico é guiado por um microscópio cirúrgico; permite a diminuição do volume do disco herniado, que é o principal determinante da dor, e a cirurgia endoscópica, onde o profissional é guiado por uma pequena câmera. Ambas exigem uma incisão muito menor, sendo que a cirurgia endoscópica é de caráter ambulatorial, ou seja, o paciente é liberado no mesmo dia do procedimento o que reduz o desconforto pós-operatório e acelera a recuperação.