IDEOLOGIA DE GÊNERO

14 de novembro de 2017 1246

A ideologia de gênero nega a biologia e aniquila a imagem de Deus Criador, como repete o Papa Francisco. Uma definição clara é a do Dr. Christian Schnake, médico chileno, especialista em Bioética: “A ideologia de gênero é um tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito quando nasce não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos de gênero, isto é uma construção social”.
Robert Stoller, psiquiatra e psicanalista norte-americano, defendeu a substituição do termo sexo por gênero, justificando que o termo sexo masculino e feminino constituía uma séria problemática para a identidade sexual do indivíduo. E a ONU, desde a conferência de Pequim (1995), vem empregando o termo “gênero” como substitutivo de “sexo” em muitos textos oficiais.
As “feministas de gênero” insistem na desconstrução dos papéis socialmente construídos, devido ao machismo. Sem dúvida, o machismo é um mal, contudo não será vencido na proposta de uma geração que renegue a sua própria natureza, pensando-se criadora de si mesma.Homens e mulheres são iguais e complementares. A natureza humana não é redutível. O marxismo, o existencialismo ateu, as filosofias da “desconstrução” são fortes aliados históricos da ideologia de gênero. E os pais, portanto, que creem na importância da fé e na família humana projetada pelo Criador, não permitam, na escola, a imposição dessa ideologia aos seus filhos.
O fato de ser contra a ideologia de gênero, contudo, não é ignorância dos fatores sociais e culturais no amadurecimento dos nossos jovens. Também não pressupõe o preconceito contra homossexuais e transgêneros. O preconceito é uma negação de Deus Misericórdia, como também todos os tipos de discriminação, que tenham como consequência expressões malévolas, violência e o ódio contra as pessoas quaisquer que sejam suas origens e situações de vida. Está impressa, em cada ser humano, a imagem do Divino Criador, que lhe dá a dignidade de ser respeitado, acolhido e amado. Todos são igualmente filhos de Deus e Jesus rompeu com os enquadramentos, anunciando a boa notícia do Amor do Pai para com todos, que faz chover sobre justos e injustos e deseja para seus filhos uma plena realização da sua verdade e dignidade.
 
 

 

 

 

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE -

 Professora e cronista. Coordenadora diocesana da Pastoral da Mulher – Santa Maria Madalena/ Magdala. Jundiaí, Brasil.