Interior buscará retomar comando do Executivo nas Eleições 2026, nos dois últimos mandatos Porto Velho predomina, tudo dependerá das composições
Governador – A disputa pela sucessão estadual em Rondônia amplia a cada semana. Os pré-candidatos vão ganhando espaços na mídia regional e o eleitorado, aos poucos, vai sabendo que estarão em busca de votos nas eleições de outubro de 2026. Certamente teremos uma disputa ferrenha pelo cargo ocupado pelo governador Marcos Rocha (União), que a princípio deverá renunciar seis meses antes das eleições de 2026, porque pretende disputar uma das duas das três vagas ao Senado, que estarão em disputa no próximo ano. Com Rocha renunciando, o vice, Sérgio Gonçalves (União) assumirá e já adiantou, que será candidato à reeleição. Em 2022 Rocha foi reeleito governador, mas o vice anterior era José Jodan. Ele está no segundo mandato, mas Sérgio não, por isso poderá assumir o Governo do Estado e disputar a reeleição. No primeiro mandato, o vice era José Jodan e ambos estavam no PSL.
Tabu – Ao se eleger governador em 2018 e se reeleger em 2022, Rocha quebrou um tabu com relação a hegemonia do interior. Antes de Rocha, que tem domicílio eleitoral em Porto Velho, desde 1990, quando Oswaldo Piana (PTR), sempre elegeu o governador. Após Piana, passaram pelo cargo de Chefe do Executivo Estadual. Valdir Raupp (PMDB), José Bianco (PFL), seguido por Ivo Cassol (PSDB), que governou Rondônia em dois mandatos consecutivos. Depois de Cassol se elegeu governador Confúcio Moura (MDB), hoje senador, que também permaneceu no cargo durante dois mandatos seguidos. O próximo governador foi Marcos Rocha, quando a Capital voltou a ter um governador que está no penúltimo ano do segundo mandato. Rocha foi reeleito em 2022.
Tabu II – A expectativa é saber que será o próximo governador. Se Porto Velho vai manter a hegemonia no Poder Executivo ou o interior retomará o comando do Estado. E a disputa está bem acentuada, desde agora, quando estamos a mais de 11 meses para a chegada das eleições do próximo ano. Hoje temos dois nomes expressivos com domicílio eleitoral em Porto Velho, o ex-prefeito da capital, Hildon Chaves, que preside o PSDB no Estado, e o deputado federal Fernando Máximo, eleito pelo União Brasil. A partir de abril do próximo ano, certamente o atual vice-governador, Sérgio Gonçalves (União), como já foi citado acima. São nomes que já trabalham uma pré-candidatura e buscam parcerias com o interior, para fortalecer as chapas com votos de Porto Velho e dos municípios interioranos.
Interior – Mas as lideranças do interior também estão mobilizadas na busca de parceiros na capital, para poder formatar uma chapa com chances reais de sucesso. Quem vem abrindo espaços é o prefeito-reeleito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD) (83,16% dos votos válidos), que é pré-candidato. Fúria já foi deputado estadual e tem uma liderança considerável na Região do Café, polarizada por Cacoal. Ele busca –e precisa– de um nome forte em Porto Velho para poder dar suporte à sua pré-candidatura. Tem conversado com o deputado federal Fernando Máximo, o problema é saber quem seria o vice. Mas a parceria, não importando quem esteja “na cabeça” é forte e tem condições de sucesso nas urnas.
Interior II – O senado Confúcio Moura também estaria disposto a voltar a comandar o Estado. Tem o MDB nas mãos, o apoio do PT com o presidente Lula da Silva, mas também depende de um bom vice, de preferência de Porto Velho, maior colégio eleitoral do Estado (nas eleições de 2024 mais de 360 estavam em condições e votar). Correndo por fora está o prefeito-reeleito de Vilhena, Flori Cordeiro (Podemos), liderança emergente na região do Cone Sul, que também precisaria de um vice da capital, inclusive com apoio do prefeito de Porto Velho, Leo Moraes, que preside o Podemos no Estado. Em todas as situações é importante, que seja feita uma composição entre políticos expressivos da capital e do interior. Mas a expectativa é qual pré-candidato conseguirá chegar à vitória e se eleger governador, se da capital ou do interior? Porto Velho manterá a hegemonia?
Respigo
Rondônia tem oito das 513 vagas na Câmara Federal. Já trabalham a reeleição os deputados Lúcio Mosquini (MDB), Maurício Carvalho (União), coronel Chrisóstomo Moura (PL), Rafael O Feral (Podemos), Thiago Flores (Republicanos) e Cristiane Lopes (União) +++ Os demais disputarão outros cargos eletivos. Três deles têm condições de conseguir um novo mandato +++ Mas a disputa pelas vagas a deputado federal promete ser ferrenha. Em Ji-Paraná, por exemplo, temos dois nomes expressivos e preparados para o sucesso +++ O ex-prefeito e ex-deputado estadual Jesualdo Pires e o ex-secretário municipal e empresário no ramo hoteleiro, Jonatas França (Podemos). Hoje Ji-Paraná tem somente uma representante na Câmara Federal, Sílvia Cristina (PP), que é pré-candidata ao Senado, mas a partir das eleições de 2026 possivelmente terá dois: Jesualdo e Jônatas. Hoje (6) a Assembleia Legislativa (Ale) realiza a partir das 15h sessão extraordinária para discutir e votar projetos importantes do Governo do Estado. Dentre eles abrir crédito suplementar para a Secretaria de Estado das Finanças (Sefin) e Secretaria de Estado e Obras e Serviços Públicos (Seosp).
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