Jaime Bagattoli só não levou o Senado porque só acreditou na reta final

9 de outubro de 2018 653

Candidato do PSL poderia ter sido o quinto senador da legenda, e por pouco não aposentou Confúcio Moura

 

Faltou acreditar

O candidato ao senado pelo PSL, Jaime Bagattoli bateu na trave para dar um presente aos rondonienses, que seria tirar Confúcio Moura da vida pública. Faltaram pouco mais de 20 mil votos para que isso acontecesse e ele só perdeu por não ter acreditado um pouco mais em sua candidatura. Sua assessoria havia feito contato comigo para ajuda-lo em sua campanha em Porto Velho. Eu disse que ajudaria, inclusive o convidei para dar entrevista a PAINEL POLÍTICO (e não cobramos por isso), e que seria muito importante que ele viesse a Porto Velho para participar de eventos e se apresentar à população. Ele achou que não precisava. E Rondônia vai amargar 8 anos com Confúcio Moura no Senado (ou não, vai que dá um surto no STF e eles o despacham logo da cadeira).

Todos querem Bolsonaro

Nesta segunda-feira, Marcos Rocha (PSL) que vai disputar com Expedito Júnior (PSDB) o segundo turno das eleições em Rondônia, tratou de fazer correr um vídeo gravado por Jair Bolsonaro (que disputará segundo turno com Haddad) pedindo que a população de Rondônia “se puder” vote em Rocha. Expedito Júnior por sua vez tratou de lembrar que seu senador eleito no domingo, Marcos Rogério, além dele próprio, são partidários de Bolsonaro e que seria “uma incoerência” qualquer outro caminho que não fosse apoiar a candidatura presidencial. Com isso, Jair Bolsonaro deverá ter uma estrondosa votação em Rondônia.

Desafio

Expedito Júnior terá um grande desafio pela frente nos próximos 20 dias. Vai nadar contra uma onda política que varreu o país, renovando grande parte do Congresso, Assembleias e governos estaduais. Júnior vai lidar com situação igual passou Léo Moraes em 2016 com Hildon Chaves quando o atual prefeito se vendeu como “novidade” tachando Léo de “velha política”. Marcos Rocha não é nenhuma novidade, pelo contrário, fez parte do governo Confúcio Moura e sofre uma rejeição altíssima entre os servidores da segurança pública. Nos próximos 20 dias ele terá que explicar muita coisa que não foi explicada em primeiro turno porque seus adversários não acreditavam em sua ida ao segundo turno. Como por exemplo, o fato dele ter pago a si mesmo, R$ 88.600 em seguro pecúnia, quando ele recusava pagar para qualquer outro servidor no período em que foi secretário, conforme mostramos em 2015.

Evidente

Que se ele capitalizar o momento político de forma adequada, pode fechar o processo eleitoral não apenas vitorioso, mas com uma enxurrada de votos, porém, se se perder ou precipitar, corre o risco de sofrer uma derrota estrondosa. A conferir nos próximos dias.

De qualquer forma

Marcos Rocha é um vencedor. Fez uma campanha enxuta, literalmente “na sola do sapato” e conseguiu desbancar, contra todas as previsões, a vaga de Maurão de Carvalho no segundo turno, que fez uma campanha forte, com representantes em todo o Estado e terminou batendo na trave. Maurão sai do processo bem maior do que entrou.

Mico da eleição

Geraldo da Rondônia, deputado estadual que disputou a reeleição, se precipitou nas comemorações e pouco antes de ser divulgado o resultado oficial pelo Tribunal Superior Eleitoral, saiu às ruas em carreata, com fogos e muito barulho, para comemorar sua reeleição. O problema é que em seguida veio o resultado e ele não foi reeleito. E para piorar sua situação, vídeos mostram Geraldo percorrendo ruas, agradecendo eleitores e fazendo a festa.

Aposentados

Valdir e Marinha Raupp sofreram um baque que não esperavam. Ambos perderam os mandatos e sentiram o peso da rejeição por suas escolhas no Congresso. Os dois sempre votaram com o MDB, no impeachment, nas reformas impopulares de Michel Temer, acreditando que isso não os afetaria. Raupp também se viu às voltas com denúncias de envolvimento na Lava-Jato, o que lhe custou uma tremenda dor de cabeça.

Desgaste

Quem também sentiu o peso do desgaste foi Mariana Carvalho, que viu seu capital eleitoral reduzir, e muito. Mariana passou os últimos quatro anos brincando de ser deputada. Se divertiu nas baladas mais caras de Brasília, viajou muito e de produtivo mesmo, só o projeto de obrigar os brasileiros a tirar CNH específica para veículos automáticos (só por esse projeto ela deveria não ter sido reeleita). Se mantiver essa curva, em 2022 ela também será aposentada. Assista abaixo a edição extra do resumo das eleições, gravado nesta segunda-feira.

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Parar de beber por apenas 1 mês gera algum benefício real à saúde?

Antes, pensava-se que beber moderadamente era algo inofensivo e poderia inclusive ser bom para a saúde, mas pesquisas recentes derrubaram esse mito. Um estudo publicado no periódico The Lancet aponta que não há um nível seguro para o consumo de álcool e que, quanto mais bebemos, maiores são os riscos para a saúde. Não é uma surpresa, portanto, que há pessoas que consigam ficar longe do bar, pelo menos por algumas semanas do ano. O programa da BBC Trust Me I’m a Doctor (Confie Em Mim, Sou Médico, em tradução livre do inglês) recorreu a cientistas da University College London e do Royal Free Hospital, no Reino Unido, para analisar os efeitos positivos de se ficar abstêmio durante o Janeiro Seco. O problema é que as pessoas que normalmente abrem mão do álcool no primeiro mês do ano também adotam ao mesmo tempo hábitos mais saudáveis, como praticar mais exercícios ou alimentar-se melhor, o que dificulta isolar os benefícios de não consumir álcool. Por isso, os pesquisadores observaram esse comportamento no mês de julho com 26 voluntários, divididos em dois grupos: um continuou a beber normalmente enquanto o outro abriu mão por completo disso. Eles passaram por uma bateria completa de exames no início e no fim do mês. Aqueles que ficaram abstêmios tiveram melhoras no seu estado de saúde, como redução da gordura no fígado e perda de peso, além de um sono melhor e maior concentração. Os efeitos foram mais intensos entre aqueles que bebiam acima do limite recomendado pelo governo britânico, de cerca de seis taças de vinho ou seis copos de 568 ml de cerveja.

PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .