Juiz decide prorrogar prisão temporária de hackers por cinco dias

26 de julho de 2019 365

O juiz da 10ª Vara Federal em Brasília, Vallisney da Silva Oliveira, decidiu no início da noite desta sexta-feira (26/07/2019), prorrogar por cinco dias a prisão temporária dos quatro suspeitos de terem invadido celulares de pelo menos mil pessoas – entre as quais o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, integrantes de tribunais superiores, juízes, procuradores e delegados.

O prazo inicial da prisão venceria neste sábado (27/07/2019). O grupo foi preso na Operação Spoofing, na terça-feira (23/07/2019).

A avaliação da PF, após ouvir os quatro presos, era de que se trata de um grupo “extremamente preparado e perigoso e que ainda não se esgotaram todas as suspeitas que ainda precisam ser sanadas”, segundo avaliação dos investigadores.

O inquérito é mantido em sigilo e está sendo conduzido pelo delegado Luiz Flávio Zampronha, que, em 2005 e 2006, presidiu o inquérito do mensalão.

Na tarde desta sexta-feira (26/07/2019, o advogado Ariovaldo Moreira, que defende dois dos presos, admitiu que não conseguiria soltar seus clientes imediatamente e que vai entrar com pedido de revogação da prisão.

Ariovaldo é advogado do DJ Gustavo Henrique Elias Santos e da sua mulher, Suelen Priscila Oliveira. Além deles, foram presos Walter Delgatti Neto, o “Vermelho”, e Danilo Marques.

“Estou convicto da inocência dos meus clientes e de que eles não se envolveram nessa empreitada criminosa”, disse o advogado.