Justiça Eleitoral só vai revelar em 2023 o que discutiu sobre robôs que espalharam fake news nas na eleição de 2018
Jornal GGN – Em 2018, durante a corrida presidencial, o Tribunal Superior Eleitoral promoveu um encontro entre polícia, setores da inteligência do governo, membros da Corte e o Exército, para discuti o uso de robôs para espalhar fake news contra os candidatos nas redes sociais. E o que foi decidido para “prevenir” e monitorar a situação só será revelado em 2023.
Isto porque, segundo informações do Estadão, o TSE decretou sigilo sobre a reunião do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições. “O jornal tentou obter cópia das atas das reuniões por meio da Lei de Acesso à Informação, e foi informado pela Ouvidoria do TSE que elas estão em sigilo até 2023. O sigilo foi decretado em portaria de novembro de 2018, assinada pelo então secretário-geral da Presidência do TSE”, afirmou o Conjur nesta sexta (3).
O Conselho foi criado antes da eleição, quando o TSE ainda era presidido por Luiz Fux. “Depois das eleições, o conselho do TSE não se reuniu mais. Um dos integrantes ouvidos pelo jornal afirma que não acredita que o grupo voltará a se reunir.”
Em meio à corrida presidencial, a Folha de S. Paulo revelou que empresários ligados a Jair Bolsonaro bancaram a propagação de fake news às vésperas do segundo turno contra Fernando Haddad, candidato do PT. Havia informação de que cada contrato poderia custar milhões, despendidos via caixa 2, sendo que o financiamento empresarial foi proibido no Brasil. Os empresários anti-PT teriam contratado agências especializadas em disparo de mensagens em massa pelas redes sociais.