Justiça investiga negócios de padre Robson com políticos
Do G1:
Domingo passado, você viu no Fantástico as denúncias contra o padre Robson de Oliveira, do Santuário do Divino Pai Eterno, por transações bilionárias suspeitas a partir de doações de fiéis. Depois dos mandados de busca e apreensão e do afastamento do padre de suas funções públicas, agora as autoridades investigam negócios feitos com políticos de Trindade, em Goiás, e analisam caixas e mais caixas de documentos apreendidos na semana passada – registros de 10 anos de compra e venda de imóveis e bens, além de transações bancárias, envolvendo a Afipe, a Associação dos Filhos do Pai Eterno.
Segundo os investigadores, a Afipe transferiu milhões de reais apenas para uma família de políticos de Trindade. Apenas o vice-prefeito, Gleysson Cabriny, recebeu R$ 287.500, além de mais R$ 1,6 milhão para uma de suas empresas e mais R$ 5,7 milhões para outra. Parentes dele também foram beneficiados.
Os investigadores explicam que fazer negócios com as associações do padre não é um problema em si. O problema é que, segundo o Ministério Público, muitas dessas transações com a família Cabriny geraram prejuízo financeiro ao longo de dez anos. Por exemplo: a Afipe vende uma fazenda por um valor para o pai do vice-prefeito e pouco tempo depois esse mesmo imóvel é revendido por um preço até quatro vezes maior.