Sete horas de interrogatório
A audiência ocorreu por meio de uma videoconferência na tarde de ontem. O interrogatório durou quase sete horas. Ronnie Lessa acompanhou a sessão de uma sala de videoconferência no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde está com a prisão preventiva decretada. Já Alexandre foi interrogado no Fórum Central do Rio.
Durante a fala, Motta reafirmou que todo o material que estava em sua casa era do sargento, seu amigo há 30 anos. Já o PM afirmou que as peças encontradas eram itens de airsoft – jogo em que os participantes utilizam arma de pressão.
Após a revogação da prisão, a juíza expediu o alvará de soltura e concedeu prazo de 10 dias para os advogados dos acusados juntarem documentos. Resta ao Ministério Público estadual e aos advogados de defesa apresentarem as alegações finais.
Apontado como o atirador que matou a vereadora Marielle Franco (PSol) e o motorista Anderson Gomes, o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, foi preso em março deste ano. Também foi preso à época o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, 46, que estaria, segundo as diligências, dirigindo o carro usado no dia do crime. De acordo com o MP, o assassinato, que ganhou repercussão internacional, foi planejado ao menos três meses antes.


