Lava-Jato enfraquecida favorece a prática dos ilícitos pelos políticos

24 de outubro de 2017 830

FILOSOFANDO

"Uma sociedade míope agrava a enfermidade pública, prestigiando políticos sem virtudes que impõem as suas vontades e interesses em detrimento dos verdadeiros valores nacionais.ORTEGA Y GASSET (1883/1955), filósofo, ensaísta, jornalista e ativista político espanhol.

ONDAS EM PERIGO

Tai um desses assuntos que não entra na pauta do jornalismo de nossas mídias. Se realmente se confirmar uma indiscrição de uma fonte sobre o assunto podemos dizer que a situação das emissoras de rádio no estado, especialmente as diretamente ligadas aos políticos não é nada boa, diante de uma perigosa inadimplência. A dívida das emissoras para com o ECAD está na casa dos milhões. É consequência do emblemático funcionamento da política brasileira. Certamente essa fatura vai ser cobrada no futuro.

COMENTÁRIOS

Na cidade de Porto Velho tudo se sabe... Um pré-candidato ao governo de Rondônia (homem considerado líder evangélico) andou tendo uma nova briga com a sua consorte e com isso gerando comentários. Ela (a mulher do "santo homem" sofre humilhações desde que uma tal Irma se tornou mais poderosa, a ponto de ganhar até plástica nas mamas. Levantar a mão para a consorte  não é aconselhável  na lei dos homens, nem na Bíblia e muito menos na Torá. Se a consorte legal abrir o bico numa delegacia das mulheres nasce um escândalo capaz de implodir projetos políticos, até os mais esdrúxulos.

JÁ COMEÇOU

Vi um pedaço da entrevista de Ciro Gomes na Band no último domingo. É, como avalio, mais um candidato populista em busca da cadeira de presidente dessa lamentável república brasileira. A participação do cearense nesse programa que pretende entrevistar todos os presidenciáveis serviu para reforçar minha crença de que o populismo despreza as instituições democráticas; não é racional, mas movido por emoções que utiliza para enganar seus adeptos; não é pluralista e prega sempre uma pretensa unanimidade associada à palavra povo.

CHANCES

As pesquisas eleitorais, mesmo que prematuras, indicam que o populismo atrai ainda importantes segmentos da população, as últimas mostram que Lula e Jair Bolsonaro juntos aparecem com até 50% das intenções de voto. Caso Lula não se viabilize como candidato, Bolsonaro assume a dianteira. Num cenário com múltiplos candidatos, aumentam as chances de a extrema direita ir para um segundo turno difundindo e dividindo o eleitorado com uma plataforma de extremos.

MUITO DIFÍCIL

É uma situação comum a várias cidades do Brasil, mas certamente em Porto Velho é muito. Os moradores de Porto Velho se acostumaram. Essa deve ser a explicação para o baixíssimo numero de reclamações. Andar nas calçadas da cidade (um equipamento urbano que nem existe em muitas das vias públicas da capital rondoniense) é bem difícil. Do jeito que as coisas estão; mesmo no centro da capital é muito difícil exercer o direito da acessibilidade para todos.

FALTA TUDO

A municipalidade torrou milhões de reais num passado recente (quando o PT mandou na prefeitura) para fazer das calçadas um espaço seguro. Ficou tudo na conversa fiada. Os problemas de sempre continuam até hoje: buracos, desnivelamento, bloqueios (especialmente pelo comércio de camelôs e da pirataria), quando não a inexistência da própria calçada. A falta de mobilidade e acessibilidade prejudica mais do que os pedestres. É mais cruel com cadeirantes e idosos. Problemas idênticos aos das calçadas são visíveis também em praças públicas, transformadas em muquifo onde reina impunemente o comércio de bugigangas e de produtos piratas.

CIDADE SUSTENTÁVEL

Em Porto Velho o prefeito atual, Hildon Chaves, chegou a anunciar uma decisão de recuperar o espaço público dominado por "marreteiros" para o uso da cidadania. Quase um ano de seu governo e nada mudou. O descaso continua nas praças onde não existe nenhum equipamento comunitário (nem mesmo prosaicos bancos, jardins e arborização) e nas calçadas que não são caminháveis em grande parte.

Praças e calçadas bem cuidadas são fundamentais para tornar uma cidade mais agradável, limpa, segura e acessível.

DONOS DA RAPADURA

Caetano Neto é um advogado comprometido com as causas sociais. Não exerce a profissão motivado pelo vil metal. Pensa primeiramente em promover a Justiça para os mais necessitados. E assim o jovem Caetano tem as credenciais perfeitas para ser um bom político e respaldo para aspirar uma candidatura de senador no próximo ano, quando duas cadeiras serão renovadas na bancada rondoniense.

No momento em que o quadro da disputa senatorial de 2018 ainda não está claro a candidatura de Caetano pode soar como algo sem sentido. Isso certamente poderá mudar se esse jovem advogado conseguir tempo suficiente para expor seu pensamento ao eleitorado. Os eternos "donos da rapadura" não querem não ouvir falar disso.

APAVORADOS

Num estado onde os grandes clãs da política ainda não estão consolidados as mudanças são muito viáveis. É essa possível renovação que causa insônias e pesadelos nos carreiristas veteranos, "donos" de partidos e de "currais eleitorais", apavorados ante a expectativa de perder as gordas "vacas leiteiras" federais, estaduais.

Tomara que noviços como o Caetano Neto surjam aos borbotões na disputa eleitoral do próximo ano. É isso que vai ameaçar aqueles que pretendem continuar lambendo sozinhos a rapadura das verbas; com as quais transformam suas famílias em ajuntamentos de herdeiro de cargos polpudos e contas bancárias dignas de rajás indianos.

O PERIGO

Não é mais segredo que o Congresso Nacional e o STF articulam-se, claramente, com o objetivo de acabar com a delação premiada, prisão preventiva e prisão pela segunda instância. Sem essas três armas, a Lava-Jato perderá a sua força. Isso significa um crescente cerco à operação. A decisão do Supremo, de entregar ao Legislativo a sorte de políticos denunciados por crimes contra a Nação vai escancarar a porteira para senadores, deputados federais, estaduais e vereadores a continuarem fazendo a festa, praticando os ilícitos que hoje praticam.

A PERGUNTA

Essa continua sendo a pergunta que não quer calar: "Como o ex-presidente da Assembleia Legislativa rondoniense, Carlão Oliveira, está prestes a fechar mais um ano na condição de foragido da Justiça?". E, afinal, porque há uma demonstração de júbilo de boa parte dos deputados estaduais com essa facilidade dada ao Carlão para ficar fora das grades?

EM LINHAS GERAIS (GESSI TABORDA)