LEVADOS PARA A MORTE

17 de janeiro de 2018 931

O incêndio que ocorreu no Centro de Correição da Policia Militar de proporção não criminoso, criou uma instabilidade entre os detentos que ali estavam cumprindo suas penas, entre eles – policiais militares, policiais civis e agentes penitenciários, que com suas preferências para um presidio comum em Porto Velho, passam a correr um sério risco de morte.  

Os familiares dos apenados dizem que eles estão encurralados para a morte.

Na linguagem dos presos – “o cadeião tremeu” – pois, muitos dos presos que foram transferidos de certa forma contribuiu para que algum desses detentos tenha sido preso pela sua ação policial.

Nesse ponto espera uma ação dos Direitos Humanos, tendo em vista que a tragédia está anunciada e já é do conhecimento de todas as autoridades, tais como: GOVERNO DO ESTADO, MINISTÉRIO PÚBLICO, PODER JUDICÍARIO; OAB, SEJUS, SESDEC, POLICIA MILITAR, POLICIA CIVIL E PODER LEGISLATIVO. Espera-se que depois desse tenebroso aviso as providencias sejam adotadas para não termos vidas ceifadas, pela irresponsabilidade administrativa cometida por quem de direito.

Estamos acompanhando nos últimos meses a crise nos presídios nos mais diversos municípios de nosso estado. Muito pouco do que se tem discutido até aqui leva a acreditar que teremos uma solução, que se arrasta em meio à crise institucional dos entes federativos, estaduais e municipais.

Os problemas da segurança pública são reflexos de um legado autoritário: uma política-institucional que refletem os dilemas da violência urbana. As bases do sistema público de segurança estão assentadas numa estrutura social historicamente conivente com a violência privada, a desigualdade social, econômica e jurídica e os déficits de cidadania de grande parte da população.

Atualmente, o medo derivado da violência urbana somada à desconfiança nas instituições do poder público encarregadas da implementação e execução das políticas de segurança produz uma evidente diminuição da unidade social, o que implica, entre outros problemas, na diminuição do acesso dos cidadãos aos espaços públicos; na criminalização da pobreza e na desconfiança generalizada entre as pessoas, corroendo laços de reciprocidade e solidariedade social.

E ai está o medo que hoje se agrega a esses reeducandos empurrados para a morte por um governo descompromissado com a vida.