Mais investimentos

16 de maio de 2018 649

No mar revolto das várias candidaturas presidenciais, o bilionário Flávio Rocha (Riachuelo), do PRB, achou uma brecha na mídia para promover seu ultraliberalismo: acusou os ativistas ambientais de “xiitismo”, facção religiosa baseada em crenças, sem nada a ver com o empirismo ambiental.

Como os demais candidatos, ele chegou, disse o que os marqueteiros agendaram e foi embora, mas deixou para trás o incentivo a uma ampla ação dos “xiitas”, que em resposta desenvolvem uma agenda ainda mais intensa, a julgar pela programação cultural da temporada.

No cinema, por exemplo, chama a atenção o documentário Pés de Anta– As cineastas Munduruku, cujos nove minutos de exibição colecionam prêmios e menções elogiosas, tratando da autodemarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, na bacia do Rio Tapajós.

Nos EUA, origem do republicanismo de Rocha, rende comentários crescentes o filme Muito além da Fordlândia, que aborda o impacto na região do Tapajós da exploração da borracha na fabricação de pneus, patrocinada por Henry Ford.

O ativismo ambiental só vai aumentar com a ameaça de exaustão dos recursos naturais e rigor climático. Rocha, porém, está certo em defender mais investimentos na Amazônia.

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O punhal da traição

O punhal da traição dos políticos esta bem afiado nesta temporada para os possíveis candidatos ao governo. Prefeitos, deputados e lideranças regionais, fazem juras de amor pela manhã a Maurão (MDB), à tarde para Acir (PDT) e a noite para Cassol (PP). Todos a espera da decolagem final. Como se vê, a política é como as nuvens, mudando de forma e tamanho a todo momento.

Uma gangorra

A banda toca de acordo com o sobe e desce dos candidatos em Rondônia numa verdadeira gangorra na peleja ao governo do estado. Os políticos locais não têm o menor pudor de virar a casaca diante de eventuais reviravoltas no cenário estadual. Estarão atentos até as últimas horas da eleição para se definir, inclusive para os efeitos manadas.

Expansão urbana

A revisão do Plano Diretor de Porto Velho, efetuada a cada 10 anos por exigência do Ministério das Cidades, deverá ordenar a expansão urbana da cidade que se espicha pela Zona Leste ultrapassando o setor chacareiro, segue pela Zona Sul com vários loteamentos recentes e avança pela BR 319, depois da ponte sobre o Rio Madeira, com tantos loteamentos clandestinos.

A regularização

O novo Plano Diretor poderá direcionar também os trabalhos voltados para a regularização fundiária, emperrada desde a gestão do alcaide petista Roberto Sobrinho. De lá para cá pouca coisa avançou neste sentido mesmo com o surgimento de mais de 60 invasões de áreas de terras que já se transformaram em bairros com tantas demandas. È um abacaxizal para se descascar.

Uma incógnita

O pleito de 2018 é uma incógnita para os rondonienses. Cheio de incertezas a respeito dos candidatos e com a população receosa em votar, milhares de títulos estão sendo anulados pela falta de interesse e pela rejeição a classe política. Não bastasse centenas de candidatos estão se lançando fragmentando o eleitorado, alem de tantas pendências na justiça dos candidatos.

Via Direta

***O senador Acir Gurgacz, pré-candidato do PDT ao governo, na disputa para o Senado pede o primeiro voto para Jesualdo Pires e o segundo para Confúcio Moura *** Ocorre que são duas cadeiras em disputa no pleito de outubro *** O Sinjor voltará a funcionar nas próximas semanas na estrutura do estádio Aluizio Ferreira *** Logo em seguida o presidente da entidade Carlos Alencar lançará o edital das eleições da entidade que deverão acontecer ainda neste primeiro semestre.

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br