Mais uma comunidade se levanta por Lula

14 de fevereiro de 2018 677

Enquanto os blocos esquentavam o asfalto e as escolas iluminavam a Sapucai, apareceu na favela da Rocinha aquela faixa: “Se Lula for preso o morro vai descer”. Os cariocas sabem o que significa o morro descer. Já aconteceu algumas vezes e começa com o fechamento da  auto-estrada  Lagoa-Barra e o túnel Zuzu Angel.  Mas não foi só lá. Amigos do Rio informam que apareceram faixas de solidariedade a Lula também no Morro do Juramento, na Favela da Maré e não Morro do Fallet, em Santa Tereza. Só consegui foto da faixa do Juramento, que diz: “Carnaval sem Lula é fraude. Moro, juiz imoral. Moro, juiz parcial”.

 

É cedo para saber mas talvez o Carnaval  do desagravo democrático proporcionado pelo desfile da escola Paraíso do Tuiuti vá se tornar um divisor de águas. Talvez depois dele tudo volte ao normal mas é possível que esteja havendo um despertar, que o povo tenha se cansado de engolir sapos e safanões e vá começar a reagir. Que comece a dizer, por palavras e atos,  como no samba da Tuiuti,  “não sou escravo de nenhum senhor”.

As faixas, embora tenham aparecido no clima do carnaval,  são mais que fantasia carnavalesca.   Sugiram em comunidades pobres, que demonstram com elas saber exatamente o que está acontecendo.  Com a prisão ou com a inabilitação de Lula, querem privara a população de votar no candidato que hoje sua preferência. Isso é fraude, é violação de um pilar da democracia, as eleições livres, em que todos podem votar e ser votados, se quiserem ser candidatos.




Veja:

 

 

"RT LemusteleSUR: Wilson das Neves decía: “el día que el morro baje y no sea carnaval...”

> https://youtu.be/mr0ZUETRnJk 

Y la favela Rocinha amaneció con un aviso en pleno carnaval: si el Tribunal Supremo Federal detiene a Lula, los habitantes del morro va… pic.twitter.com/7qL518CfaX"

A POLITICA COMO ELA é (POR : TEREZA CRUVINEL)

Tereza Cruvinel atua no jornalismo político desde 1980, com passagem por diferentes veículos. Entre 1986 e 2007, assinou a coluna “Panorama Político”, no Jornal O Globo, e foi comentarista da Globonews. Implantou a Empresa Brasil de Comunicação - EBC - e seu principal canal público, a TV Brasil, presidindo-a no período de 2007 a 2011. Encerrou o mandato e retornou ao colunismo político no Correio Braziliense (2012-2014). Atualmente, é comentarista da RedeTV e agora colunista associada ao Brasil 247; E colaboradora do site www.quenoticias.com.br