Máximo condiciona palanque com Rocha em 2026 à presença de Léo Moraes e Marcos Rogério As informações são do site Rondônia Dinâmica. As informações são do site Rondônia Dinâmica. **Texto originalmente publicado em**: https://www.rondoniadinamica.com/noti

17 de setembro de 2025 58

Parlamentar relatou convite do governador para ser candidato, mas lembrou que só avançaria se os dois aliados participarem da mesa de negociação

Porto Velho, RO – O deputado federal Fernando Máximo afirmou, em entrevista ao podcast Resenha Política, apresentado por Robson Oliveira em parceria exclusiva com o Rondônia Dinâmica, que decidiu disputar o Governo de Rondônia em 2026 e que há “grande possibilidade” de deixar o União Brasil durante a janela partidária. Segundo ele, os diálogos mais avançados ocorrem com os grupos do senador Marcos Rogério e do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, e incluem a hipótese de PL e Podemos caminharem juntos. As informações são do site Rondônia Dinâmica.
Máximo disse ter participado de reuniões separadas com ambos na última semana e relatou dois encontros entre Rogério e Léo para tratar de alinhamento eleitoral. Ao ser questionado sobre a posição do senador, declarou: “a priori ele é candidato ao Senado à reeleição”, enquanto ele próprio se mantém como “pré-candidato ao Governo do Estado”.

O parlamentar descreveu o histórico de atritos com o União Brasil e afirmou que o partido “puxou o tapete” de sua pré-candidatura a prefeito em 2024, além de não repassar recursos do fundo eleitoral para apoiar candidatos aliados; segundo ele, “todos receberam, exceto o Fernando Máximo”. Na mesma linha, contou que cerca de 40 integrantes de sua equipe técnica — que teriam trabalhado tanto para o governo quanto para sua campanha — foram exonerados no início de 2024, sem justificativa, o que classificou como o primeiro passo do afastamento político. As informações são do site Rondônia Dinâmica.
Máximo também disse que o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar (referido na conversa como “Rueda”), lançou o vice-governador Sérgio Gonçalves como pré-candidato ao governo pelo partido, o que tornaria “incompatível” sua permanência na sigla se a decisão for mantida. Questionado sobre eventual reaproximação, narrou ter sido chamado recentemente pelo governador Marcos Rocha para “uma junção” na qual ele próprio lideraria a candidatura ao governo. Máximo disse não ter recusado a proposta, mas condicionou novas tratativas à participação de Marcos Rogério e Léo Moraes na mesa de negociação. 
O deputado abordou temas que devem dominar a campanha. Sobre drogas, afirmou ser “veementemente contra” descriminalização, despenalização ou legalização da maconha, citando relatórios do United Nations Office on Drugs and Crime e estudos que atribuiu à Universidade de Oxford e a centros no Canadá, com dados como “37% maior” índice de depressão em jovens que iniciam o uso e “246% maior” tentativa de suicídio. Ao mesmo tempo, diferenciou o uso medicinal de derivados farmacêuticos: “o canabidiol tem indicações clínicas precisas”, especialmente para epilepsia refratária, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e pela Anvisa; disse ser “a favor daquilo que tem comprovação científica”.
Outro ponto sensível foi a política hospitalar durante sua gestão na Secretaria de Saúde. Ele defendeu o processo licitatório para o Hospital de Urgência e Emergência (HEURO) realizado na B3, alegando ter sido a “instituição mais séria” para garantir segurança jurídica em meio à pandemia. Sobre o terreno, afirmou que a prefeitura autorizou a obra e que, após sua saída para disputar as eleições de 2022, “aconteceram uma série de coisas” e a obra parou. Em contraponto às críticas, citou a compra do Hospital Regina Pacis por R$ 12 milhões — que, segundo ele, “hoje vale 35 a 40 milhões” —, e disse que a unidade foi decisiva no enfrentamento à Covid-19, além de entregar cirurgias diárias. Rebateu suspeitas antigas ao mencionar decisão do Tribunal de Contas favorável à aquisição.
Máximo também contestou a alegação de que parlamentares priorizam repasses apenas a municípios, afirmando ter destinado R$ 31 milhões ao governo do Estado — “a maioria para a Secretaria de Saúde” — e citando projetos próprios executados com prefeituras. Disse, porém, que ações conveniadas com o Estado não teriam dado a ele “visibilidade” na entrega, diferentemente do que ocorre em municípios, onde sua presença é divulgada. Ao longo da entrevista, recorreu a referências religiosas para justificar escolhas e posturas, reiterando que pretende “dialogar com todos” sem personalizar divergências.
No campo eleitoral, projetou que as definições sobre as duas vagas ao Senado em 2026 devem sair de um “alinhamento” entre os grupos em negociação. Reconheceu as pré-candidaturas de nomes como delegado Camargo e Bruno Scheidt, observando que “nenhum dos nomes é descartado” e que a consolidação dependerá de conversas “a muitas mãos”.
No terço final da conversa, o deputado listou iniciativas e números de programas que, segundo ele, coordenou ou financiou por emendas. Citou o projeto “Enxergando com Amor”, com 16 mil avaliações oftalmológicas em crianças de 6 a 18 anos — “12 mil em Porto Velho, 2,5 mil em Vilhena e 1,5 mil em Alta Floresta”, de acordo com sua fala —, e a entrega de óculos quando prescritos por oftalmologista; relatou o caso de uma estudante de 11 anos com “6 graus de miopia”. Disse que pretende, após um evento em 30 de setembro em Brasília sobre saúde ocular infantil, pressionar o Ministério da Saúde por uma política nacional de triagem e correção visual nas escolas.
Mencionou também o programa de castração “Castra Mais Rondônia”, com “mais de 9 mil cães e gatos” castrados. Acrescentou que destinou emendas aos 52 municípios, com a promessa de “equilibrar” valores nos próximos anos. Lembrou a entrega do Hospital de Seringueiras durante a pandemia e os contratos com a UNOPS, pagos em 15 de dezembro de 2021, para reformar o Semetron e concluir o hospital de Guajará-Mirim, projetos que, segundo ele, foram executados e entregues posteriormente. Ressaltou ainda a criação do “Opera Rondônia” (iniciado como “Compartilhando Saúde” na sua gestão) para financiar cirurgias no interior.
Ao encerrar, Máximo reafirmou a pré-candidatura ao governo, disse liderar pesquisas citadas pelo entrevistador e solicitou “orações” do público. 

 

 

Fonte: ROBSON OLIVEIRA
RESENHA POLITICA (ROBSON OLIVEIRA)

Jornalista, Advogado e colaborador do www.quenoticias.com.br - contato: robsonoliveirapvh@hotmail.com