Médico que untou pênis com cocaína e matou mulher por overdose diz que ela sabia

2 de fevereiro de 2021 449

O cirurgião plástico alemão Andreas Niederbichler, de 45 anos, preso em 2019 suspeito de ter matado sua namorada, Yvonne M, de 38 anos, em fevereiro de 2018, por overdose depois de ter untado seu pênis com cocaína, afirmou, em primeira declaração pública após o incidente, que a parceira sabia que a droga estava em seu membro. A informação foi divulgada pelo jornal britânico “Daily Mail”, nesta terça-feira (2). 

No ano retrasado, a Justiça havia entendido que ele não teria avisado a companheira de que a droga estava em seu falo e, por isso, ele foi condenado a nove anos de reclusão, acusado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e estupro. 

À época, o médico não se pronunciou durante o julgamento. Contudo, após um novo processo ser ajuizado pelo filho e o ex-marido de Yvonne, ele decidiu se defender, afirmando, agora, que não foi o responsável pela morte da mulher.

No processo, constam ainda mais três acusações parecidas, de que o médico teria drogado mulheres entre 2015 e 2018, usando o mesmo método – untando seu pênis com cocaína. Todavia, as alegações das vítimas narram que a droga não era usada apenas no sexo oral, como também no vaginal e anal. Niederbichler também negou essas acusações.

Na sentença, o juiz ainda pontuou que o médico inseriu drogas em copos de bebida, batons e até em embalagens de pasta de dente das mulheres com quem se relacionou. “Sim, havia drogas. Porém, nunca drogue ninguém sem consentimento. Eu queria um ‘extra’ especial (nas relações) e elas escolheram participar”, alegou. 

Niederbichler acusou Yvonne de ser uma “usuária experiente” de cocaína e disse que “ela sabia no que estava se metendo” quando morreu por overdose. Apesar de ter resolvido quebrar o silêncio em relação às acusações que lhe custaram a liberdade, o cirurgião não apresentou quaisquer provas, ou novas evidências jurídicas para sustentá-las por ora.

O novo julgamento, do filho e do ex-marido de Yvonne, pede reparação financeira de R$ 301,8 mil ao médico, cobrindo desde danos morais e materiais, até custos funerários. O cirurgião se nega a pagar o dinheiro, informa o jornal.