Mexia nega rendas excessivas e atira: "O seu a seu dono"

"Aprincipal interessada em clarificar o assunto é a própria EDP", disse António Mexia, CEO da EDP, em declarações aos jornalistas, reagindo assim aos temas quentes que têm marcado a atualidade nos últimos dias, nomeadamente no que aos cerca de 100 milhões de euros a menos que o Governo pagará à EDP pela manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) até 2027 diz respeito, bem como à questão de alegados benefícios que terão sido dados pelo antigo ministro da Economia, Manuel Pinho. .
"Tem sido dito às pessoas que há rendas excessivas" e essa é "uma ideia errada", agora "comprovada por entidades nacionais e internacionais", destacou ainda António Mexia.
Recorde-se que o Governo homologou as contas do regulador sobre o valor a pagar à EDP pela manutenção do equilíbrio contratual (CMEC) até 2027, de 154,1 milhões de euros, menos 102 milhões de euros do que o reclamado pela elétrica.
Questionado sobre a investigação ao ex-ministro Manuel Pinho, Mexia diz estar "perfeitamente tranquilo".
Em causa está, recorde-se, a suspeita de que Manuel Pinho, ministro da Economia do governo maioritário de José Sócrates de 2005 a 2009, tenha recebido de uma empresa do BES, entre 2006 e 2012, cerca de um milhão de euros.
Recorde-se que o Observador noticiou na semana passada que o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, seria constituído arguido num novo caso - o caso EDP - que investiga benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos à principal elétrica nacional por parte de Manuel Pinho.