Ministério Público busca uma “saída honrosa” para Dallagnol
Procuradores da Lava Jato em Curitiba acreditam que Deltan Dallagnol poderá se candidatar ao cargo de procurador regional, para atuar na segunda instância do Ministério Público Federal.
Isso pode acontecer caso a força-tarefa seja substituída por um grupo permanente de investigação, nos moldes do “Gaeco”. Esta seria a “saída honrosa” para Dallagnol do front da Lava Jato sem que sua decisão indique “desistência” ou “abandono” das investigações após a divulgação de conversas privadas dele e de integrantes de sua equipe com o então juiz Sérgio Moro. A estimativa dos próprios procuradores é que a temida força-tarefa na capital paranaense cumpra sua missão num prazo “menor que um ano”. A ideia tem inspiração nos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos MPs estaduais e os argumentos são de que todo o trabalho e a expertise da Lava Jato nos últimos cinco anos não podem ser perdidos com a desmobilização da força-tarefa.
Dallagnol tem sido aconselhado a avaliar a promoção. Um integrante do MPF diz que um dos argumentos apresentados a ele é a necessidade de “distensionamento” do cenário político e do próprio sistema de Justiça. Procurador estaria sensibilizado com o “ganho pessoal” da medida, mas se preocupa com a mensagem que ela transmitirá. A decisão pela promoção cabe ao Conselho Superior do Ministério Público Federal, presidido pelo novo procurador-geral da República, Augusto Aras.
Informação da Coluna do Estadão de Alberto Bombig.