Ministério Público do TCU manda investigar chefe da Secom
Do Buzzfeed:
Nesta sexta-feira (17), a bola da vez foi o ex-secretário de Cultura, Roberto Alvim, demitido depois de citar o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, em um vídeo. Mas, no Tribunal de Contas da União (TCU), o alvo é outro assistente do presidente Jair Bolsonaro, o chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Fabio Wajngarten.
O subprocurador-geral do Ministério Público do TCU, Lucas Rocha Furtado, protocolou uma representação junto ao presidente do tribunal para que Wajngarten seja investigado por possível conflito de interesses na gestão da pasta, responsável pela negociação de publicidade com emissoras de TV, outros veículos de comunicação e agências de propaganda.
Na terça-feira, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem revelando que Wajngarten é dono de uma empresa de comunicação, a FW, que mantém ou manteve contrato com emissoras que mantêm negócios com o governo. Em outra reportagem, o jornal mostrou que, desde que assumiu o cargo, em abril passado, teve 67 encontros com emissoras com as quais a FW manteve ou mantém contratos.
O assessor de Bolsonaro nega que tenha beneficiado as emissoras, entre elas a Rede TV, o SBT e a Record, em negócios do governo. Ele se afastou do comando da empresa quando foi nomeado para o governo, mas, segundo o Estadão, não comunicou a propriedade à Comissão de Ética Pública do Planalto.