«Não haverá regresso à normalidade tal e qual a vivíamos», avisa ministra da Saúde

27 de fevereiro de 2021 80

O Boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde desta sexta-feira, 26 de fevereiro, dá conta de 1.027 novas infeções e de mais 58 óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas em Portugal. O total de infeções no nosso país desde o início da pandemia é agora de 802.773 e o de mortos de 16.243.

Há agora 714.493 pessoas dadas como curadas, mais 2.780 em relação ao dia anterior, e 72.037 casos ativos no País, menos 1.811 relativamente ao dia anterior. Estão 2.404 pessoas internadas (menos 209) e, destas, 522 estão em unidades de cuidados intensivos, menos 14 do que nas 24 horas anteriores.

ARS com mais infeções é a de Lisboa e Vale do Tejo

No Norte, registaram-se 250 infeções e 11 mortes. No Centro, ficaram infetadas mais 140 e morreram 13 pacientes. Lisboa e Vale Tejo registou 410 infeções e 28 falecimentos.

No Alentejo, registaram-se 51 infeções novas e 6 mortes. No Algarve, ficaram infetadas mais 54 pessoas, e nenhuma morte há a registar. Nos Açores, não foi registada qualquer infeção, nem morte. Na Madeira, foram relatados mais 123 novos infetados, não tendo havido nenhuma morte.

Não voltaremos à normalidade a que nos habituámos, avisa Marta Temido

Marta Temido não exclui hipótese de voltar a adotar «medidas de aperto»

«A doença não está ultrapassada», teremos de «manter o distanciamento social», «usar máscara social nos espaços fechados» e manter o mais possível a «higienização das mãos»

«Não haverá um regresso à normalidade tal e qual a vivíamos», avisou Marta Temido, ministra da Saúde, em conferência de imprensa. O R (taxa de transmissão) de Portugal é de 1.04. «O máximo da infecção já terá ocorrido», diz a ministra. A governante deixou ainda quatro ideias fortes para serem absorvidas pelos portugueses. «A doença não está ultrapassada», teremos de «manter o distanciamento social», «usar máscara social nos espaços fechados» e manter o mais possível a «higienização das mãos».

Graça Freitas faz apelo à vacinação de crianças

prevenção da transmissão da infeção por covid-19, estabelecem-se quatro prioridades de vacinação

Diretora-geral de Saúde apela à vacinação. «Há médicos e enfermeiros disponíveis. Não queremos ter novos surtos de doenças.»

diretora-geral de Saúde diz que a maior ansiedade em relação a uma nova doença é o «desejo de uma vacina», porque «fazem uma simulação da doença sem ter a doença» e uma forma de evitar «casos da doença graves, sequelas e, em último caso, mortes». Graça Freitas não se referia apenas à vacina contra o novo coronavírus, mas mais à vacinação em termos gerais. Em março, houve menos 13% de pessoa a recorrerem à vacinação, embora haja uma recuperação em abril. E, assim, o apelo à vacinação. «Há médicos e enfermeiros disponíveis. Não queremos ter novos surtos de doenças.»

Os 4 casos de quem deve estar atento e não deve falhar a vacinação

Perante a necessidade de adotar medidas de carácter excecional e temporário para prevenção da transmissão da infeção por covid-19, estabelecem-se quatro prioridades de vacinação:

1. Vacinação recomendada até aos 12 meses de idade, inclusive. As crianças devem cumprir atempadamente a vacinação recomendada no primeiro ano de vida, que confere proteção precoce contra onze doenças potencialmente graves. Aos 12 meses, as vacinas contra o meningococo C e contra o sarampo, papeira e rubéola são muito importantes. A situação epidemiológica do sarampo a nível mundial não permite adiar esta vacina. Às crianças que têm estas vacinas em atraso, recomenda-se a vacinação o mais brevemente possível. Deve contactar a sua Unidade de Saúde.

2. Vacinação BCG das crianças com risco identificado de tuberculose grave, de acordo com Norma da DGS

3. Vacinação de doentes crónicos e outros grupos de risco no âmbito do PNV

4. Grávidas – Devem procurar ativamente a vacinação contra a tosse convulsa, que tem como objetivo a proteção do bebé nos primeiros meses de vida. A vacinação poderá ser adiada, mas nunca para além das 28 a 32 semanas de gestação.

Medir a febre aos trabalhadores é legal, defende ministra

A ministra da Saúde Marta Temido disse ainda que, em relação à polémica da medição da temperatura corporal aos trabalhadores, que há quatro situações legítimas. Se existir «consentimento expresso» do trabalhador, se a medição for realizada por «um profissional de Saúde, que está sujeito a sigilo» ou «por outra pessoa com dever de confidencialidade». Podem ainda as empresas medir a febre aos trabalhadores quando haja «motivos de interesse público, no domínio da Saúde pública» e, finalmente, se a finalidade for «a proteção e a segurança dos trabalhadores ou de terceiros».

Fonte: IMPALA NEWS